Durante o confinamento, o teatro se mostrou um lugar ideal para refletirmos sobre a pandemia - e a pandemia produziu condições inéditas para pensar o teatro. Durante alguns meses, todos os teatros do mundo fecharam as portas e nós, pessoas que nos dedicamos à cena, fomos aceitando que as características de contágio do vírus convertessem nosso espaço de trabalho em local de risco. A vulnerabilidade diante do vírus nos obriga a olharmo-nos como parte da natureza, nos recorda que somos animais. E nos leva a pensar em nós mesmos como um todo. Essa mesma sensação ocorre, algumas vezes, no teatro. Muitos de nós reunidos nos reconhecemos como parte de um conjunto de indivíduos. E na escuridão da sala, às vezes, sentimos que temos algo em comum com os demais, ainda que seja por uns breves instantes, antes que aflorem todas as desigualdades.
LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL - Companhia fundada em 2003, por Luisa Pardo e Lázaro Gabino com o objetivo de desenvolver projetos que procuram vincular o trabalho e a vida, romper fronteiras. Em 2011, receberam o Prêmio do Público do Festival de Jeunes Compagnies Impatience, organizado pelo Teatro Odéon, de Paris, e o Preisträger ZKB Förderpreis, do Zürcher Theater Spektakel, pelo espetáculo “El Rumor del Incendio”.
Texto: Lázaro Gabino Rodríguez
Edição: Chantal Peñalosa
Produção: Lagartijas tiradas al sol y Cena Contemporanea Brasília
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
Uma das companhias de dança mais inovadoras do mundo preparou para o Cena 2020 uma versão especial de seu mais recente trabalho. A Akram Khan Company mescla e desafia os limites da dança contemporânea e da dança kathak indiana. Foi criada há 20 anos pelo dançarino e coreógrafo Akram Khan, um dos artistas da dança mais celebrados da atualidade. Inspirado nas palavras de Malala - “Nós compreendemos a importância das nossas vozes somente quando estamos silenciados” -, o trabalho apresenta um registro do processo de criação e ensaios da companhia, com trechos de performances filmadas ao ar livre especialmente para o vídeo e depoimentos. The Silent Burn Project foi criado para celebrar os 20 anos da AKC, cuja característica é reunir artistas das mais variadas origens e nacionalidades, e quer propor uma pausa para revisitar o passado para melhor projetar o futuro.
AKRAM KHAN – Nome referencial para as artes no Reino Unido, Akram Khan foi descrito pelo Financial Times como um artista “que fala tremendamente sobre coisas tremendas” e já recebeu alguns dos principais prêmios das artes ao longo de sua carreira, incluindo o Laurence Olivier Award, o Bessie Award (Prêmio de Dança e Performance de Nova York), prêmio de Artista Distinto da ISPA (Sociedade Internacional para as Artes Cênicas), Prêmio Fred e Adele Astaire, prêmio Herald Archangel no Festival Internacional de Edimburgo, além de seis prêmios de dança nacional do Critics Circle, entre outros.
Um grupo de teatro em total isolamento social se reúne virtualmente para pensar no tema do novo espetáculo a ser encenado nas plataformas digitais. A dificuldade de entendimento revela o despreparo do grupo para lidar com essa nova realidade.
O GRUPO - Fundado em 1991, o Celeiro das Antas é uma entidade de estudo, pesquisa, montagem e apresentação de peças teatrais e produção de eventos culturais. Mantém diálogo com as tradições da cultura popular e, em especial, com o gênero cômico. Participa de festivais no Brasil e no exterior.
Espetáculo multimídia, que revisita o clássico filme “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock, com vídeos, objetos, maquetes e três performers. Em foco, a situação dos imigrantes e refugiados no mundo contemporâneo. O trabalho nasceu a partir da análise de dois diferentes aspectos do mundo contemporâneo. De um lado, as guerras, as grandes secas, o desmatamento desenfreado, contaminação das encostas, exploração de mão-de-obra, instabilidade política, péssimas condições de higiene, perseguições, deportações forçadas, exploração abusiva dos recursos naturais, escassez de alimentos... De outro, supermercados bem abastecidos, segurança nas ruas, estabilidade familiar, liberdades, bem-estar, reciclagem, energias renováveis, prosperidade, mobilidade social... Entre eles, bandos de pássaros que desconhecem fronteiras, em migração constante. E além deles, planetas, asteroides, átomos, resíduos... Nada no cosmos está quieto.
*O espetáculo recebeu o Prêmio da Crítica de Barcelona 2016 de melhor espetáculo de Novas Tendências e o Prêmio Butaca, Premios de Teatro de Catalunya, Nuevas dramaturgias.
AGRUPACIÓN SEÑOR SERRANO – Fundada em 2006, em Barcelona, por Àlex Serrano, com a proposta de fundir linguagens, mesclando performance, texto, vídeo, som e maquetes. Foi premiada com o Leão de Prata 2015 na Bienal de Veneza.
Criação: Àlex Serrano, Pau Palacios y Ferran Dordal
Performance: Àlex Serrano, Pau Palacios y David Muñiz
Voz: Simone Milsdochter
Project manager: Barbara Bloin
Desenho de iluminação e video programação: Alberto Barberá
Desenho de som e trilha sonora: Roger Costa Vendrell
Video criação: Vicenç Viaplana
Maquetes: Saray Ledesma y Nuria Manzano
Figurino: Nuria Manzano
Assistente de produção: Marta Baran
Assessora científica: Irene Lapuente / La Mandarina de Newton
Assessor do projeto: Víctor Molina
Assessoramento legal: Cristina Soler
Management: Art Republic
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos
Solo escrito no período de confinamento pela atriz holandesa Marleen Scholten, do grupo Wunderbaum. Baseado em histórias reais, a protagonista revela ao público seu novo emprego: ela fica na fila para outros e é paga por isso. LA CODISTA_BR, versão brasileira, foi realizada a partir do intercâmbio artístico entre Brasil e Holanda. Tem a direção de Cesar Augusto, da Cia dos Atores; tradução e adaptação de Pedro Uchoa, roteirista assistente do canal Porta dos Fundos; e performance de Monique Vaillé, atriz residente da Cia dos Atores.
OS ARTISTAS - O coletivo holandês Wunderbaum tem uma longa história no Brasil com os artistas Cesar Augusto, Monique Vaillé e Pedro Uchoa. Em 2016, criou junto com atores brasileiros o espetáculo musical 'Vamos Fazer Nós Mesmos', apresentado no TEMPO_FESTIVAL e no Festival de Curitiba.
Apoio Institucional
O vídeo reúne as sete performances criadas pelos grupos do Distrito Federal que integram a GARRA Grupos de Artistas em Rede Associada. Serão exibidos os seguintes trabalhos:
Um grupo de teatro em total isolamento social se reúne virtualmente para pensar no tema do novo espetáculo a ser encenado nas plataformas digitais.
O GRUPO - Fundado em 1991, mantém diálogo com as tradições da cultura popular e, em especial, com o gênero cômico.
Ensaio performativo real, ficcional e imaginado, uma obra de dança que flerta com o cinema.
O GRUPO – A companhia nasceu em 2010 e atua em diferentes linguagens como teatro, dança, e audiovisual.
Sob a imensidão do céu, agora, o futuro sempre presente às nossas costas, ontem, e o passado mais do que nunca, amanhã.
O GRUPO - Criada em 2007, atua em diversas linguagens como performance, produção, teatro empresarial e institucional. Nos últimos anos, pesquisa a relação entre teatro e audiovisual.
Imagine um mundo onde a música foi banida e o único sistema de som se encontra nas mãos de um ditador...
O GRUPO – Criado em 2012 da união de jovens artistas em busca de um teatro independente e autoral.
Algumas coisas não estão acontecendo conforme nós imaginávamos. Decidimos fazer uma intervenção.
O GRUPO - O Grupo se constrói há 10 anos de trabalho ininterrupto, tendo estreado 8 espetáculos nesse período. O coletivo pesquisa maneiras de se relacionar com público e com a performance de modo a questionar normas, formas e padrões de linguagens. Seguindo com uma produção carregada de afeto, atrita linguagens nas suas lâminas misturadoras e cortantes.
A partir do julgamento de Joana D’arc, a criação evoca dois olhares da mesma fogueira: de quem viu de perto e de quem é tomada pelo fogo.
O GRUPO – Criado em 2012, quando atrizes negras se uniram para levar aos palcos dramaturgias que atravessavam a negritude.
Um macarrão instantâneo. Jogo de paciência. “Arrumação” de um quarto. Hidratação de cabelos. Um curta.
O GRUPO – Criado em 2012, encenou "A Falecida", que recebeu prêmios como Nelson Brasil Rodrigues: 100 anos do Anjo Pornográfico e Prêmio SESC do Teatro Candango, e outros como "Os Beatniks em 'A Gaivota'" e "Monstros".
Ensaio performativo real, ficcional e imaginado, uma obra de dança que flerta com o cinema. As coisas particulares que são vistas com atenção e silêncio, se aproximando do documentário de criação.
O GRUPO – A companhia nasceu em 2010, tendo como carro-chefe a investigação artística autoral e colaborativa. Operando diferentes linguagens cênicas e artísticas de modo transdisciplinar, como teatro, dança, e audiovisual, a cia produziu em seus 10 anos sete espetáculos, sete intervenções performáticas e seis videoarte.
Imagine que tudo desmorona para permitir um novo acordo: relançar a máquina humana tendo a espontaneidade como único credo. A desordem está plantada: o teatro desmoronou, os dançarinos estão no chão, as luzes cintilam, tudo se desvaneceu nas ruínas da música... Resta o corpo que procura uma forma diferente de se mover, experimentando suportes e pontos de equilíbrio. Nesse ir e vir febril, eles vão aspirar por novos códigos humanos: colocar-se a questão da liberdade absoluta e do equilíbrio social. Como conviver sem dominar/tolerar outros gêneros?
CIE CHUTE LIBRE – Criada em 2005, com um título que alude à definição física de “estudo ideal do movimento de um corpo sujeito apenas ao seu próprio peso”, faz uma alegoria à dança hip hop. Os coreógrafos Annabelle Loiseau e Pierre Bolo desenvolveram uma abordagem artística situada entre a abstração e a narração. O trabalho é focado na interpretação da dança, a partir de um vocabulário coreográfico do hip hop.
Em parceria com o Movimento Internacional de Dança (MID) e o Festival VIVADANÇA (BA).
Grão Jeté é uma série de 8 episódios de vídeo-dança, especialmente concebidos para a primeira infância, com um mergulho na poesia corporal, provocada por sonoridades e movimentos. Com trilha sonora original, são abordados temas como identidade corporal, o mundo das cores, os animais, maternidade, comida, jogos lúdicos, dentre outros, contando com a presença de diferentes bailarinos brasileiros. A proposta é capturar os bebês de 0 a 5 anos, a partir daquilo que eles estão aprendendo a dominar – o corpo –, assim como surpreender o público adulto com experiência estética inovadora. Os vídeos apresentam dança balinesa, contemporânea, flamenca, acrobacias e muitas outras linguagens corporais.
BEBELUME - O canal online BebeLume é o único no Youtube dedicado à produção audiovisual poética para a primeira infância. Criado pela atriz brasiliense Clarice Cardell, a partir de sua experiência à frente da companhia hispano-brasileira La Casa Incierta, pioneira no campo das artes cênicas para a primeira infância (0 a 5 anos), que ela criou ao lado do diretor espanhol Carlos Laredo, e com a qual já se apresentou em diversos países como França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Martinica, Portugal, Israel, Finlândia e em diversas cidades do Brasil. Clarice Cardell também coordena o GT Cultura na Rede Nacional pela Primeira Infância e colaborou na coordenação do I Encontro Cultura e Primeira Infância, realizado em 2015 em parceria com o Ministério da Cultura. Em 2017, recebeu em Washington, o prêmio internacional ALAS BID (Banco Interamericano Mundial), concedido como iniciativa inovadora para a primeira infância.
Em parceria com o Movimento Internacional de Dança (MID) e o Festival VIVADANÇA (BA) e Goethe Institut - AO VIVO.
Em suas últimas peças o CocoonDance embarcou na busca pelo corpo “impensado”. O resultado é mais do que apenas obras de dança originais: são experiências corporais, externas e de auto percepção, que oferecem ao espectador um novo olhar sobre o corpo e o movimento. Corpos que se transformam em algo novo, alheio, e movimentos que movem não só os corpos dos bailarinos, mas também os do público. A obra reúne duas culturas de movimento muito diferentes e seus conceitos corporais associados - de um lado o Muay Thai (também chamado de box tailandês), que é praticado na Tailândia há centenas de anos, e de outro, o balé romântico.
COCOONDANCE – Fundada em 2000 pela coreógrafa suíça Rafaële Giovanola e pelo dramaturgo Rainald Endraß. Giovanola atuou como solista em Turim, antes de se transferir para o Balé de Frankfurt. Desde a fundação, a companhia produz e se apresenta no independente Theatre im Ballsaal de Bonn, onde, a partir de 2004, é responsável pela curadoria e financiamento do teatro. Cocoondance trabalha sobre a improvisação, com forte carga dramatúrgica. Já se apresentou pelos 5 continentes e recebeu diversos prêmios.
ESPETÁCULO TRANSMITIDO DIRETO DE BONN, ALEMANHA.
Apoio:
Espetáculo encenado virtualmente, sem dramaturgia linear. O diretor artístico Fernando Yamamoto descreve o projeto não como uma peça, mas como uma viagem. O Clã_Destin@ passa por reflexões sobre a América Latina, aborda o teatro e o momento atual de pandemia. São apenas seis espectadores por sessão. Ingressos aqui. O mistério sobre a trama é proposital. A interação com o público é grande, mas somente se você quiser. As apresentações são feitas ao vivo, em dois horários diários.
Como assistir: preencha o formulário para reservar o ingresso: aqui
CLOWNS DE SHAKESPEARE
Criado em 1993 em Natal, Rio Grande do Norte, o grupo desenvolve uma investigação com foco na construção da presença cênica do ator, na musicalidade da cena e do corpo, teatro popular e comédia, sempre sob uma perspectiva colaborativa. Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente na sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a platéia, seja no lirismo que compõe o universo desses seres. O grupo já se apresentou por cerca de 80 de cidades brasileiras, dentre elas, 24 capitais e o Distrito Federal, e percorreu mais de 30 cidades do interior do Rio Grande do Norte. Seus espetáculos foram levados para Portugal, Espanha, Chile, Equador, Uruguai e foram premiados diversas vezes com prêmios SHELL, APCA, dentre outros.
O Projeto Atlânticos é uma série de trabalhos performáticos que investiga o corpo como território existencial, produzido a partir de estruturas históricas, bioquímicas e memórias ancestrais, além de invenções contemporâneas. PAPIAMENTO é um dos desdobramentos do Projeto Atlânticos. Trata-se de um filme-ìpàdé (fundamento da religião do Candomblé direcionado para saudar os ancestrais) que parte da produção de "imagens-ẹbọ" (imagens como oferendas). Um papiamento entre dois corpos. Sobre o tempo de entendimento. Como nos conectar utilizando as tecnologias de nossa ancestralidade através do som da dança e do corpo. Como inspiração, as palavras do filósofo, teórico político, historiador e professor camaronês Achille Mbembe: “Para constituir o mundo que nos é comum, será preciso restituir àqueles e àquelas que foram submetidos a processos de abstração e de coisificação na história a parte de humanidade que lhes foi roubada”.
FELIPE OLÁDÉLÈ – Ator e dançarino, em 2019 esteve em Cabo Verde, para residência artística voltada para pesquisar danças populares cabo-verdianas. Fundou a Companhia Negra de Teatro em 2015 em Belo Horizonte, com a qual circula com o espetáculo “Chão de pequenos”. Pela cia criou a performance “Invisibilidade social”. Desde 2017 atua também no espetáculo “PRETO” da companhia brasileira de teatro, com direção de Marcio Abreu. No cinema atuou em filmes como “Apto420” (Dellani Lima), Velhoeste, Thiago Taves Sobreiro e “Coiote” (Sérgio Borges). Dirige e atua no curta “Wanderlust”, assinado pela Companhia Negra de Teatro.
ANTÓNIO TAVARES - Bailarino dos Mindel’s Stars e fundador dos grupos Compasso Pilon e Crêstcheu. Bolseiro do Atelier Mar em Portugal, estudou na Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo/Chapitô; na Escola Superior de Dança de Lisboa e Curso de Coreografia na Fundação Calouste Gulbenkian. Fundador da Associação de Artistas Africanos Portugal/Tchon di Nôs. Regressa em 2001 a Cabo Verde e funda a Associação Fou-Naná Projectos/Centro de Pesquisa Cultural. É diretor artístico do Centro Cultura do Mindelo e professor na Uni-CV.
A memória é o dispositivo central nessa criação que emerge do encontro entre um encenador, uma dramaturga e um cineasta. Em cena, um jogo composicional entre o cinema e o teatro para trazer à tona a cidade e suas metamorfoses e afetos. Uma oficina mecânica que também era teatro e a casa de José Perdiz. Paredes impregnadas de 26 anos de teatro na capital do Brasil. A disputa imobiliária que transforma a cidade em produto. Um teatro é destruído, as memórias não. Agora, ainda mais que ontem, lembrar é um trabalho importante, um ato de reconstrução das ruinas. Três atrizes e um convite: acordar as lembranças. Por onde navega o olhar feminino daquele espaço? Um outro edifício se constrói. Recordar é também tornar a passar pelo coração. Enquanto elas acordam as memórias estão reconstruindo, refazendo, re-existindo.
TEATRO DO CONCRETO - Criado em Brasília, em 2003, profundamente identificado com a cidade e caracterizado pela ideia de diversidade, com intérpretes de várias cidades do Distrito Federal. Desenvolve trabalhos de pesquisa e criação teatral, que o consolidaram no cenário nacional. Ao longo de sua trajetória, produziu oito espetáculos, três publicações e projetos de interação com a comunidade. No trabalho criado especialmente para o CENA 2020, além de Micheli Santini (que integra a companhia), estão as atrizes Adriana Nunes (uma das fundadoras da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, com larga trajetória na televisão e no cinema) e Lucinaide Pinheiro (que além de atriz atua como arte-educadora e gestora de políticas públicas).
FRANCIS WILKER - Diretor teatral, pesquisador, curador e, desde 2017, professor efetivo do curso de licenciatura em Teatro do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará. É um dos fundadores do Teatro do Concreto, com o qual encenou, entre outros, Diário do Maldito (2006), Ruas Abertas (2008), Entrepartidas (2010), Festa de Inauguração (2019). É autor do livro Encenação no Espaço Urbano (Editora Horizonte, 2018).
LIGIA SOUZA - dramaturga, roteirista e pesquisadora. É doutora em Artes Cênicas pela USP e mestre em literatura pela UFPR. Coordena o Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná e é a idealizadora da La Lettre Espaço de Criação. É autora de Penélope, O nome das coisas, Outros Sons e da web série "AQUI".
MARCELO DÍAZ - Diretor, roteirista e produtor, um dos criadores da DIAZUL DE CINEMA. Participou de mais de 50 festivais nacionais e internacionais com prêmios, com destaque para os festivais de Gramado, Brasília, Havana, Milão, Sidney Latin American, Filadelfia (Flaff), Brazilian Film Fest (Miami, Toronto), Cine Ceará, Fest. de Curtas de SP. Realizou os filmes “Terra de Luz”, “Oficina Perdiz”, “Restrutural”, “Galeno, Curumim Arteiro”, “Desdobráveis”, dentre outros, exibidos em canais como TV Cultura, TV Brasil, Canal Brasil, STV, TV Câmara. Em 2019 lançou o longa documental “MARIA LUIZA”.
Sob a imensidão do céu, agora, o futuro sempre presente às nossas costas, ontem, e o passado mais do que nunca, amanhã.
O GRUPO - Criada em 2007, na Universidade de Brasília, a Andaime Cia de Teatro atua em diversas esferas da linguagem teatral: Performance, Produção Cultural, Teatro Empresarial e Institucional bem como na formação de artistas e público em geral. Nos últimos anos, tem se aventurado na pesquisa do hibridismo de linguagem entre teatro e audiovisual. A trajetória da Cia é estruturada sobre as possibilidades inovadoras de ocupações de espaços com teatralidades contemporâneas, traçando um caminho que começa na sala de teatro convencional, passa pelas ruas e parques e desemboca em ocupações cênicas de espaços não convencionais.
“Cage Shuffle” é um solo de dança/teatro criado por Paul Lazar, que estreou em Nova York em 2017 e continua a fazer turnês nacionais e internacionais. Na era da Covid-19, a peça foi reconcebida como um dueto digital entre dois intérpretes: Paul Lazar e Bebe Miller. Eles apresentam uma série de histórias de um minuto escritas por John Cage – pioneiro da música aleatória e da música eletroacústica e figura chave das vanguardas artísticas do século XX –, ao mesmo tempo em que dançam uma partitura coreográfica complexa criada por Annie-B Parson, diretora da Big Dance Theater, e pelos próprios intérpretes. O humor, a inteligência e a iconoclastia de Cage estão presentes no trabalho, apontado como uma obra-prima por artistas como David Byrne, que já disse: “Cage Shuffle é uma das minhas peças favoritas de todos os tempos. Bonito, profundo e hilário - como todas as coisas deveriam ser”.
PAUL LAZAR – Membro fundador e codiretor artístico do Big Dance Theater, junto com Annie-B Parson. Lazar trabalhou também com outros grupos, como o célebre The Wooster Group, em vários espetáculos, tendo conquistado prêmios de prestígio como dois Bessies (o New York Dance and Performance Awards) e Jacob’s Pillow Dance Award. É conhecido ainda por sua atuação em mais de 30 filmes de grande sucesso, como “O Silêncio dos Inocentes”, “Expresso do Amanhã”, “Philadelphia” e “O Hospedeiro”. Atualmente, leciona na New York University.
BEBE MILLER – Um dos grandes nomes da dança nos Estados Unidos, é dançarina, coreógrafa e diretora, detentora de diversos prêmios, como quatro Bessie Awards de Dança e Performance de Nova York. Foi Distinguished Professor de dança na Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Ohio, entre 2000 e 2016, e recebeu o título Honoris Causa em Humane Letters em 2009. Formou a Bebe Miller Company em 1985 e desde então já criou mais de 50 espetáculos em cerca de 400 apresentações pelo mundo.
JOHN CAGE – Músico, compositor, artista plástico, poeta e filósofo, desenvolveu um trabalho que não se encaixa nas definições artísticas tradicionais. Em finais da década de 1940, criou seu “teatro de meios-mistos”, que acabou desembocando numa grande variedade de experimentos performáticos nas duas décadas seguintes. São trabalhos que incluem ações, artefatos, imagens, movimentos que acolhem a indeterminância (o acaso) como parte importante da composição. Inspirado no zen-budismo, propõe uma arte participativa, que propicie a interação entre autor, intérprete e público.
Imagine um mundo onde a música foi banida e o único sistema de som se encontra nas mãos de um ditador...
O GRUPO – Criado em 2012 da união de jovens artistas em busca de um teatro independente e autoral. Possui em seu repertório as peças "Entre Quartos", "O Novo Espetáculo (Tudo Está à Venda)" e "todo mundo perde alguma coisa aos oito anos", que se debruçam sobre temas e criações ligados à infância e à juventude.
Performance em videoconferência artesanal tecnológica. Em uma espécie de jogo de interação, nove pessoas, mediadas pelas telas dos seus computadores pessoais, descobrem uma linguagem doméstica, íntima, precária e lúdica que reflete os paradoxos da situação em que vivemos. Os bailarinos performam ao vivo a partir da interação virtual das múltiplas telas do ambiente de videoconferência, lançando mão de todos os recursos possíveis e disponíveis em suas casas e no aplicativo de reuniões virtuais. Concebido no contexto da pandemia, e em sua quinta versão inédita, o trabalho concebe a dramaturgia como uma crônica do momento. É atualizado com a velocidade dos acontecimentos e tem como ponto de partida o corpo em busca por uma nova subjetividade que dê conta do agora.
ANTI STATUS QUO COMPANHIA DE DANÇA – Criada em 1988, pela coreógrafa e diretora Luciana Lara. Tem construído uma trajetória que mescla experimentações do corpo e da dança contemporânea em diálogo com as artes visuais e pesquisas de novos suportes para a dança.
Algumas coisas não estão acontecendo conforme nós imaginávamos. Decidimos fazer uma intervenção. Misturamos nossas cabeças virtuais e nos olhamos pela tela-plana. Atritando referências de diferentes trabalhos anteriores do grupo com nossas experiências de videoconferências, encontramos uma possibilidade.
O GRUPO - O Grupo se constrói há 10 anos de trabalho ininterrupto, tendo estreado 8 espetáculos nesse período. O coletivo pesquisa maneiras de se relacionar com público e com a performance de modo a questionar normas, formas e padrões de linguagens. Seguindo com uma produção carregada de afeto, atrita linguagens nas suas lâminas misturadoras e cortantes.
Cinco mulheres, cinco dançarinas de hip hip se reúnem para tratar das diferenças. O que acontece a um relacionamento, quanto se tem que lidar com egos, modéstias, sensibilidades, desejos descontrolados, esses parasitas todos que interferem no encontro entre as pessoas? Obra contemplada com o Prix Beaumarchais SACD/CCN de Créteil et du Val de Marne.
CIE KILAÏ – Criada em 2015 por Sandrine Lescourant, bailarina iniciada nas danças clássicas e modernas, dança africana e dança contemporânea, e posteriormente dedicada, como autodidata, ao hip hop. Conhecida como “Mufasa”, Sandrine Lescourant desenvolve uma técnica híbrida em dança e teatro físico. Como performer, trabalha com vários coreógrafos e diretores consagrados, ao mesmo tempo em que desenvolve uma carreira na cena underground. Oferece workshops de improvisação na França e no exterior.
Partindo de impulsos que permeiam o julgamento de Joana D’arc, a criação evoca dois olhares da mesma fogueira: de quem viu de perto e de quem é tomada pelo fogo. A profecia está no discurso e o corpo continua intacto. Eu tenho fé. Na casa que vim e da casa que tenho.
O GRUPO – Criado em 2012, na Universidade de Brasília, quando atrizes negras se uniram para levar aos palcos dramaturgias que atravessavam a negritude. As fundadoras, Fernanda Jacob e Tuanny Araujo, atuam, escrevem, dirigem e coordenam todas as fases de criação dos trabalhos. Com processos criativos multifacetados, o grupo mergulha em histórias que por vezes partem de universos pessoais e que constituem memórias coletivas, para propor reflexões, figuras e narrativas constantemente silenciadas e apagadas.
“O lixo é o produto final da ação do consumo”. Filmado na Lixeira de Malhampsene, o maior lixão de Maputo, a obra quer chamar a atenção para a produção desenfreada de resíduos sólidos, poluição e aquecimento global, através da dança e do vídeo, onde o corpo e a lente se entrelaçam e desenvolvem uma relação de cumplicidade.
IDIO CHICHAVA – Diretor artístico da Cia Converge+, onde desenvolve projetos de colaboração artística multidisplinar e criativa, sempre com a intenção de dar espaço e fala para todos. Divide-se entre Moçambique e a França, onde interpreta e faz assistência coreográfica das peças da companhia Kubilai Khan Investigations desde 2005. Ministra aulas e oficinas de dança na França e em outros países. É um dos produtores do Festival Raiz, de música tradicional de Moçambique.
Performance de vídeo-dança, com o olhar do videasta Ivan Barros, que situa o corpo do bailarino Idio Chichava em diferentes arquiteturas da cidade de Maputo e em sua periferia. Um ensaio sobre o que constitui a reinvenção do corpo em estado de emergência, tendo como pontos de partida as situações de crise atuais, desde Cabo Delgado (que vem sendo alvo de violentos ataques de grupos terroristas inspirados no Exército Islâmico) até Covid-19.
IVAN BARROS – Videasta e produtor moçambicano recentemente premiado com o Prémio Novos Autores Moçambique, no Kugoma 2020, maior e mais antigo festival de cinema moçambicano.
Um macarrão instantâneo. Jogo de paciência. “Arrumação” de um quarto. Hidratação de cabelos. Comida requentada de micro-ondas. 50 abdominais. Um curta. Um orgasmo. 180 segundos.
O GRUPO - Os Novos Candangos estrearam seu primeiro espetáculo em 2012, "A Falecida", de Nelson Rodrigues, que recebeu os prêmios Nelson Brasil Rodrigues: 100 anos do Anjo Pornográfico, Prêmio Myriam Muniz e Prêmio SESC do Teatro Candango como Melhor Espetáculo e Melhor Atriz. O espetáculo circulou por várias cidades brasileiras e rendeu o curta documental "Autópsia". Seguiram-se montagens como "Os Beatniks em 'A Gaivota'", "Perdoa-me Por Me Traíres", "Os Beatniks em 'PSICOSE'", "Monstros" e "A Radialista do Fim do Mundo".
Trabalho criado a partir de laboratórios visando a elaboração de propostas de teatro virtual. Narrativas cênicas, visuais e sonoras que utilizam a câmera do celular para a captação de imagens e misturam teatro e audiovisual. Na composição, as próprias moradias dos atores são parte da narrativa, assim como objetos, escritos, imagens, músicas, num processo que ressignifica a própria noção de isolamento social.
ATA – Criada em 2009, com a proposta de descobrir/explorar formas de dramaturgia por meio de experiências vocais, musculares, gestuais, estudo de instrumentos musicais e ritmos. Sempre com a direção de Hugo Rodas, a companhia encenou “Ensaio Geral”, “Punaré & Baraúna”, “Os Saltimbancos” e “O Rinoceronte”.
HUGO RODAS – Ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro, é um dos artistas contemporâneos mais talentosos e importantes. Nasceu no Uruguai e radicou-se em Brasília em 1975. Sua trajetória sempre esteve ligada aos coletivos e parcerias, como com Antonio Abujamra, José Celso Martinez Correa e Denise Stoklos. Recebeu diversos prêmios por suas criações, com destaque para o Prêmio do Serviço Nacional do Teatro (1977) de melhor espetáculo infantil para o antológico “Os Saltimbancos” e o Prêmio Shell (1997) pela Direção do espetáculo “Dorotéia”, ao lado de Adriano e Fernando Guimarães.
O eterno conflito entre liberdade e autoridade, entre o bem público e as ambições pessoais recebe de William Shakespeare um tratamento que posiciona esta obra entre os seus melhores textos. O autor utiliza a conspiração e a morte do imperador por seus pares para discutir as várias correntes de pensamento sobre este “bárbaro ato”, sem jamais cair numa definição arbitrária ou tendenciosa.
Sob a autoria de Gustavo Gasparani, um dos fundadores da Cia dos Atores, um outro plano na dramaturgia colocará o público ora como espectador da peça ora como cidadão de Roma, parte integrante deste embate de ideias. A situação será exposta, os argumentos apresentados no fervor de seus porta-vozes e caberá à plateia tirar as suas conclusões.
Todo o processo de ensaios está sendo registrado e o CENA CONTEMPORÂNEA exibirá uma versão online do trabalho em primeira mão.
CIA DOS ATORES - Um dos grupos mais expressivos da cena teatral brasileira, tem mais de 30 anos de atividade, sempre investigando a cena e influenciando gerações. Já alcançou reconhecimento de público e crítica, recebendo os mais importantes prêmios de teatro do país - Shell, APCA, Molière, APTR, Cesgranrio, Mambembe, Sharp, além do prêmio da crítica francesa como melhor espetáculo estrangeiro, com “Ensaio.HAMLET”, em 2006. A companhia já se apresentou em grande parte do país e em festivais e turnês pela Europa (França, Espanha, Portugal, Bélgica, Alemanha, Rússia e Bulgária), Américas do Sul e Norte (Argentina, Chile, Colômbia e EUA).
RAFAEL GOMES – Diretor e roteirista de curtas premiados – como o fenômeno da internet “Tapa na Pantera”, com Maria Alice Vergueiro – e longas-metragens como “45 Dias sem Você”, “Música para Cortar os Pulsos” (adaptação de espetáculo teatral homônimo que ele dirigiu e foi premiado pela APCA) e “Meu Álbum de Amores”, com trilha sonora de Arnaldo Antunes. Tem longa carreira na televisão, tendo assinado projetos como a série “Tudo que é sólido pode derreter”, da TV Cultura, e “3 Teresas” e “Vizinhos”, para o canal GNT.
Durante o confinamento, o teatro se mostrou um lugar ideal para refletirmos sobre a pandemia - e a pandemia produziu condições inéditas para pensar o teatro.
LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL - Companhia fundada em 2003, por Luisa Pardo e Lázaro Gabino com o objetivo de desenvolver projetos que procuram romper fronteiras.
Um laboratório, um espaço de reflexão que indaga sobre a tenaz persistência que obsessiona e gera a pulsão criativa de um artista. Os encontros se constroem a partir da análise, debate e discussão do perfil e da obra dos participantes, partindo de suas buscas, circunstâncias e problemáticas emergentes. Os artistas refletem sobre o corpo de sua obra e a passagem para outros dispositivos. O trabalho de Matías Umpierrez indaga sobre a relação entre o espectador e a ficção. Seus projetos se situam na fronteira entre as artes performáticas, visuais e projetos curatoriais, gerando uma dialética entre memória-esquecimento-cenário-discurso-cena-território.
Dias: 02, 04, 08 e 09 de dezembro de 2020
De 09h às 14h (horário de Brasília)
INSCRIÇÕES:
Para se inscrever, basta acessar o link http://bit.ly/OficinaCENA2 até o dia 26, às 18h.
A oficina explora a consciência do espaço, a presença e a fisicalidade e trabalha a imaginação até o limite, mantendo contato com influências de danças tradicionais moçambicanas. Oficina focada nas possibilidades físicas do corpo. Exige resistência para trabalhar os apoios e a comunicação entre os níveis (chão, meio e salto) e a relação do corpo com o espaço. Centrada em exercícios de improvisação, composição espontânea e performance.
Dias: 05, 06 e 07 de dezembro de 2020
De 09h às 12h (horário de Brasília)
INSCRIÇÕES:
Para se inscrever, basta acessar o link http://bit.ly/OficinaCENA1 até o dia 26, às 18h.
Debate sobre o exercício da criação de narrativas em tempos difíceis, num ambiente impactado pelas mudanças que, de forma inevitável, se apresentaram em decorrência do cenário pandêmico. Os participantes irão debater o tema e apresentar possibilidades e cenários de criação no campo das artes cênicas.
Com Lázaro Gabino (México), Cibele Forjaz (SP), Fernando Yamamoto (RN), Márcio Abreu (SP), Matías Umpierrez (Argentina), Giselle Rodrigues (DF) e Francis Wilker (CE/DF).
Moderação de Valmir Santos (Jornalista, crítico e editor do site Teatrojornal – Leituras de Cena - SP)
Festivais e plataformas convidadas vão compartilhar como vem lidando com o desafio de acompanhar programações e realizar curadoria de artes cênicas na virtualidade. Debate sobre as possibilidades e desafios na programação e gestão de festivais em tempos de distanciamento físico e social. Quais são as temáticas, as abordagens, as reflexões e os modelos que hoje fazem sentido neste contexto e como se dá a relação com os artistas e obras.
Com Carmen Romero (Fundación Teatro a Mil - Chile), Guilherme Reis (Cena Contemporânea - DF), Fernando Zugno (Porto Alegre em Cena - RS) e Celso Curi (Curador - SP).
Moderação de Pedro de Freitas (FarOFFa - SP)
Os convidados, representando importantes grupos teatrais brasileiros, debaterão sobre as possibilidades de alternativas de financiamento em tempos de crise, tratando de modelos e iniciativas inovadoras e possibilidades futuras para os coletivos estáveis, em tempos de teatros fechados.
Com Eduardo Moreira (Grupo Galpão - MG), Pablo Bertola (Ponto de Partida- MG), Camila Mota (Oficina Uzyna Uzona - SP), Ellen Mello (Dimenti - BA) e Larissa Souza e Rafael Toscano (GARRA - Grupos de Artistas em Rede Associada - DF).
Moderação de Jorge Vermelho (FIT SJRP e Companhia Azul Celeste)
Conversa com Paul Lazar e Bebe Miller (Estados Unidos), os dois interpretes da obra Cage Shuffle: A Digital Duet, logo após a sua apresentação no festival. Poderemos conhecer o processo da montagem da obra que se inspira na inteligência e na iconoclastia de John Cage. Paul Lazar integra a companhia Big Dance Theater, junto com Annie-B Parson, tendo conquistado em sua carreira prêmios de prestígio como dois Bessies (New York Dance and Performance Awards) e Jacob’s Pillow Dance Award. Atualmente, leciona na New York University.
Bebe Miller é dançarina, coreógrafa e diretora, detentora de diversos prêmios, como quatro Bessie Awards de Dança e Performance de Nova York e é considerada um dos grandes nomes da dança nos Estados Unidos.
Com Paul Lazar e Bebe Miller
Moderação de Gustavo Pacheco (Escritor e diplomata)
Participação de Eliana Carneiro (Diretora, atriz, dançarina) e Renato Vasconcellos (Músico)
A Agrupación Sr. Serrano foi fundada em 2006, em Barcelona, por Àlex Serrano, com a proposta de fundir linguagens, mesclando performance, texto, vídeo, som e maquetes para levar para a cena aspectos discordantes da complexa experiência humana contemporânea. A companhia foi premiada com o Leão de Prata na Bienal de Veneza em 2015.
Com Àlex Serrano (Espanha) e Pau Palacios (Espanha)
Moderação de Felipe Assis (FIAC - BA)
Debate sobre as expressões, poéticas, lutas do corpo negro e sua representação na arte contemporânea e em que medida a a presença do corpo negro está contemplado no campo das artes performáticas? A arte pode contribuir com a equidade?
Com Mirella Façanha (dramaturga e atriz - DF/SP), Felipe Oladélê (Cabo Verde/RJ) e Jonathan Andrade (diretor e dramaturgo - DF)
Moderação de Daniele Sampaio (SIM! Cultura - SP)
Debate sobre a relevância da arte e da cultura no contexto pandêmico e pós-pandêmico e seus desdobramentos na sociedade. A arte e o sensível podem contribuir para a diminuição das desigualdades?
Participam Celso Gimenez (fundador e diretor da companhia teatral La Tristura), a atriz e ativista baiana Maria Marighella (recém eleita vereadora em Salvador), a antropóloga e cientista política Iara Pietricovsky (presidente da Forus – rede internacional de plataformas de ONGs), o produtor cultural e profissional de comunicação Guilherme Tavares (criador e diretor da plataforma Favela Sounds), o escritor, realizador e produtor cultural Rodrigo Savazoni (um dos diretores do Instituto Procomum) e uma das curadoras do Cena 2020, Mariana Soares (fundadora do Instituto Soma de cidadania criativa).
Moderação de Glauber Coradesqui (RJ/DF)
Performance audiovisual criada especialmente para os 25 anos do Festival Cena Contemporânea, por Celso Sim, Cibele Forjaz e a cineartvista Manoela Rabinovitch. Parte das palavras de Ailton Krenak: “estamos dançando e cantando para levantar os nossos céus, rumo às grandes transformações necessárias para garantir que haja vida humana e extra-humana no planeta Terra no século XXI e futuros”. O trabalho homenageia os indígenas mortos pela Covid-19.
CIBELE FORJAZ – Diretora, iluminadora, docente e pesquisadora, é orientadora de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas na ECA/USP. Em 30 anos de teatro, teve mestres como Antunes Filho e José Celso Martinez Correa e participou de coletivos como A Barca de Dionísos e Teatro Oficina Uzyna Uzona. Integra os grupos Cia Livre de Teatro e mundana companhia. Ganhou vários prêmios, entre eles, APCA 1989, Mambembe 1996, APCA 1998, Qualidade Brasil 2002, APCA e Shell 2004, Shell 2007 e APCA 2010.
CELSO SIM – Cantor, compositor, produtor musical e ator, estudou com Jorge Mautner com quem trabalhou entre 1990 e 2000. Recebeu o Prêmio Shell, junto com José Miguel Wisnik e Tom Zé, pela trilha sonora do espetáculo “O Sertões: A Terra”, encenado pelo Teatro Oficina. Foi produtor musical do disco “A mulher do fim do mundo”, de Elza Soares, vencedor do Grammy Latino 2016. Vive em Lisboa desde 2018.
Performance e criação: Celso Sim e Cibele Forjaz
Cineartvista especialmente convidada: Manoela Rabinovitch