Acompanhada por uma banda formada só por mulheres, a atriz carioca Denise Fraga comemora 35 anos de trajetória com o espetáculo solo Eu de Você. A obra é baseada em histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. O espetáculo rompe as fronteiras entre palco e plateia, entre fato e ficção, embalando a vida cotidiana pela arte teatral. “Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum? O que têm em comum a Cris, o Paulo Leminski e o Zezé di Camargo? Tchekhov, eu e Francisco? Pelo que a avó do Felipe estava chorando enquanto os Beatles compunham mais uma canção? O que fará o Wagner quando ouvir o que Chico Buarque fez com o seu também coração partido? Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição” – ressalta Denise Fraga.
Embora seja um solo, a atriz estará acompanhada de personagens inspirados em histórias reais: Fátima, Bruno, Clarice, Wagner, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte. O convite é para ver o outro, olhar pelo olhar do outro, deixar-se atravessar pelas experiências do outro e aprender com isso. Na obra, a atriz interpreta mais de 10 canções, como O Cordão (Chico Buarque), Suspicious Minds (Elvis Presley) e Yolanda (Chico Buarque e Pablo Milanez).
DENISE FRAGA - Atriz e produtora, atua em teatro, cinema e televisão, tendo conquistado alguns dos mais importantes prêmios da área, como o Prêmio APCA, o Kikito do Festival de Gramado, o Candango do Festival de Brasília e o Coral do Festival de Havana. À frente da sua empresa “Nia Teatro”, há mais de dez anos apresenta espetáculos em periferias e em grandes centros urbanos, chegando a mais de 700 mil espectadores.
FICHA TÉCNICA
Idealização e Criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção Luiz Villaça
Produção José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Texto Final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Fernanda Maia, Luiz Villaça e Rafael Gomes.
Colaboração dramatúrgica: Geraldo Carneiro, Kenia Dias, José Maria
Direção Musical: Fernanda Maia
Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos e Priscila Brigante
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de Movimento: Kenia Dias
Direção de Arte: Simone Mina
Iluminação: Wagner Antônio
Programação de Vídeo Mapping: Bruna Lessa
Design e operador de som: Carlos Henrique
Assistente e operador de luz e vídeo mapping: Ricardo Barbosa e Michelle Bezerra
Produção das imagens em video: Café Royal
Produtora executiva: Adriana Tavares
Fotógrafo: Thiago “Beck” de Vicentis
Fotos para arte: Willy Biondani
Fotos de cena: Cacá Bernardes
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Este espetáculo foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura
DURAÇÃO: 90 MIN
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
Uma investigação sobre o real no teatro, sob a égide do obsceno. Acompanhada da própria mãe e da figura de Príapo, personagem vivido por um ator pornô, Janaina Leite articula de forma radical temas historicamente inconciliáveis como maternidade e sexualidade. Tendo o terror e a pornografia como bases estéticas, Janaina ensaia uma conversa sobre a história da Virgem Maria ao longo dos séculos, resgatando o esquecimento da presença de sua mãe em sua performance anterior, “Conversas com meu pai”. Onde estava a mãe? É a pergunta que se responde de maneira indireta através da Virgem Maria e o stabat mater, ou “a mãe estava ali”, numa referência ao poema do século XII, sobre a jovem mãe aos pés de seu filho sofrendo na cruz. A partir do texto teórico Stabat Mater, da filósofa e psicanalista Julia Kris Teva, a obra busca as origens de um acerto histórico entre o feminino e o masculino – refletido por exemplo no jogo carrasco x vítima –, que o trabalho tenta desarmar, através dos mecanismos rigorosos do prazer e da dor que sustentam estas posições. O trabalho parte de um jogo de dramatização ou psicodramatização de lembranças e sonhos, tendo como suporte um material teórico de uma suposta leitura, para investigar o conceito do corpo da mulher como um receptáculo.
JANAINA LEITE – Janaína é atriz, diretora e dramaturga, fundadora do Grupo XIX de Teatro, com o qual fez turnês por mais de 10 países. Referência da investigação sobre o uso do documentário e da autobiografia no teatro brasileiro, atualmente faz doutorado em artes cênicas, apoiada pela CAPES na ECA – Escola de Comunicação e Artes da USP/SP. Criou os espetáculos documentais "Festa da Separação: Um Documentário Cênico", "Conversas com Meu Pai", "Stabat Mater" e lançou o livro "Autoescrituras Performativas: Do diário à Cena" (Editora Perspectiva-SP), que consolidam sua investigação sobre teatro documental e autobiográfico. Coordena os grupos de estudo Feminino Abjeto e Memórias, Arquivos e (Auto) Biografias, realiza workshops e cursos em reconhecidas instituições brasileiras. Em 2018, foi curadora artísticas do Festival Internacional de São José do Rio Preto-SP. Atualmente, trabalha com o grupo de investigação Feminino Abjeto 2 – O vórtice do Masculino, composto por 37 homens e recentemente estreou História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô-noir, na MITsp.
FICHA TÉCNICA
Concepção, Direção e Dramaturgia: Janaina Leite
Performance: Janaina Leite, Amália Fontes Leite e Príapo
Participações especiais: Príapo Amador/Lucas Asseitune e Príapo Profissional/Loupan
Dramaturgismo e Assistência de Direção: Lara Duarte e Ramilla Souza
Assistente Geral: Luiza Moreira Salles
Colaboração em dramaturgia: Lillah Hallah
Direção de Arte: Melina Schleder
Projeto de Iluminação: Paula Hemsi
Instalação e edição de vídeo: Laíza Dantas
Som e operação de som e vídeo: Lana Scott
Operação luz: Jhenifer Santine
Preparação vocal: Flávia Maria Campos
Provocação cênica: Kênia Dias e Maria Amélia Farah
Concepção e Roteiro Audiovisual: Janaina Leite e Lillah Hallah
Diretor de fotografia: Wilssa Esser
Participação no vídeo: Alex Ferraz, Hisak, Jota, Kaka Boy, Mike e Samuray Farias
Identidade Visual, Projeções e Mídias sociais: Juliana Piesco
Fotos e registro em vídeo: André Cherri
Diretora de Produção e Circulação: Carla Estefan - Metropolitan Gestão Cultural
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS
DURAÇÃO: 110 MIN
28/06 a 10/07, horário livre
508 sul, 708 sul e Praça 21 de Abril
Projeto interdisciplinar que abrange as áreas das Artes Urbanas, Artes Cênicas e Literatura. Uma novela literária que aborda a beleza do amor – independente do seu formato -, a dor dos preconceitos, da homofobia, do machismo e a descoberta de se reinventar. A obra fala de Brasília, das relações e da experiência na cidade, com foco numa mulher que permeia relações que não se situam dentro da heteronormativadade. A dramaturgia é dividida em 17 capítulos e em cada um deles é possível escutar o relato da personagem, acompanhado de trilha sonora especialmente criada. A artista desenvolve um mapa afetivo dentro da cidade e aplica cartazes – com códigos QRs e formato lambe-lambe. Cada visitante recebe um mapa e cada código QR leva a um capítulo específico. Através desse mapa, o visitante percorre os trechos da obra e passeia pela cidade. Os lambes são colocados em locais definidos pela artista, traçando um percurso sensorial. É necessário que os espectadores levem celulares e fones de ouvido.
PATRÍCIA DEL REY – Formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília, é poeta urbana, atriz e performer. Fundadora da Andaime Cia de Teatro e Coletivo Transverso. Teve seus textos adaptados para criação do espetáculo “Poéticas Urbanas” pela Andaime Cia de Teatro. A peça circulou em diversos festivais de teatro nacionais e em Portugal. Teve suas poesias publicadas no livro “Atenção Isto pode ser um poema”, do Coletivo Transverso, lançado em 2018. As obras reunidas na publicação estão espalhadas pelas ruas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Barcelona, Lisboa, Berlim, entre outras.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Patrícia Del Rey
Atrizes: Adriana Lodi e Patrícia Del Rey
Trilha Sonora: Luis Olivieri
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
DURAÇÃO: 60 MIN
Ted Bundy foi um assassino em série norte-americano, executado na cadeira elétrica na Flórida, em 1989, aos 42 anos, acusado de, pelo menos, 30 assassinatos de mulheres, que ele estuprava e matava. Descrito como uma sociopata sádico, ele tirava prazer da dor e do controle que exercia sobre as vítimas. A semelhança física do ator e autor português Elmano Sancho com o serial killer foi o ponto de pesquisa que culminou no espetáculo A Última Estação, que se inspira na realidade para tratar de violência e desejo de transgressão.
Pela tradição judaica, dibbuk é o espírito ou demônio que habita o corpo de um indivíduo. Através da convocação, possessão e incorporação do criminoso, o intérprete se insurge contra a sociedade que reproduz frustração e exclusão. A tragédia ganha contornos da Via Crucis, as estações da Paixão de Cristo.
ELMANO SANCHO – Ator, encenador e dramaturgo, tem trajetória reconhecida por sua atuação no teatro, cinema e televisão de Portugal. Formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, estudou ainda na Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madri, na Escola de Comunicação e Artes – ECA/USP, Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique de Paris e Saratoga International Theater Institute de Nova York. Já se apresentou em diversos países da Europa, Américas, Ásia e África, tendo sido indicado a célebres prêmios por suas atuações em Portugal.
FICHA TÉCNICA
Autoria: Elmano Sancho – Loup Solitaire
Interpretação: Elmano Sancho, Cheila Lima, Isadora Alves, Márcia Branco e Daniela Santos
Espaço cênico e figurinos: Renata Siqueira Bueno com a colaboração de Roberto Bueno
e Liana Axelrud
Desenho de luz: Alexandre Coelho
Adaptação e operação de luz: Pedro Nabais
Produção: Loup Solitaire
Espetáculo apoiado pela DGARTES e Fundação GDA
Parcerias: Companhia Olga Roriz e Fundação Mirpuri
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
DURAÇÃO: 70 MINUTOS
A obra-prima do escritor e poeta João Cabral de Melo Neto "Morte e Vida Severina" (1954/55) atua como elemento propulsor do debate sobre construções, formações e interações sociopolíticas no Brasil e no mundo ao longo dos séculos XX e XXl. Em “Estudo Nº1 Morte e vida” estão a questão da migração em busca de condições "melhores" e da relação desses indivíduos com a terra, com o trabalho, com a morte e com o poder político; as questões climáticas, da seca e para além dela, e como isso tem afetado a(s) vida(s) em várias partes do mundo; a política, que enriquece os coronéis e quem está no poder, enquanto empobrece a população e não atende aos cuidados básicos; a precarização do trabalho e a uberização (e a ideia que a competição e a flexibilização só tem provocado mais desemprego e pauperização). Somos muitos Severinos. Um trabalho que fala sobre o Nordeste, mas também sobre dinâmicas de mudança em âmbito local, regional, nacional e, mesmo, mundial - mesmo que seja árdua a travessia de fronteiras.
GRUPO MAGILUTH - Fundado em 2OO4 na UFPE, o coletivo desenvolve um trabalho de pesquisa e experimentação, constante na cena teatral recifense, sendo apontado pela crítica e pela imprensa como um dos mais relevantes grupos teatrais do país. Realiza ações nos eixos de pesquisa, criação e formação artística, em constante diálogo com o território em que está inserido. Tem no histórico onze espetáculos, como "Aquilo que o meu olhar guardou para você" (2O12), "Dinamarca" (2O17) e "Apenas o Fim do mundo" (2O19). Circulou com seus trabalhos por 24 capitais brasileiras, além de ter realizado projetos de intercâmbio em Lisboa e Londres.
FICHA TÉCNICA
Direção: Luiz Fernando Marques
Assistência de direção e Direção Musical: Rodrigo Mercadante
Dramaturgia: Magiluth
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sergio Cabral
Produção: Magiluth e Amanda Dias Leite
Fotografia: Vítor Pessoa e Maria Beda
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
DURAÇÃO: 80 MIN
Inauguração de Brasília, 1960. Samuel Beckett escreve “Dias Felizes”, 1961. Caras pintadas e impeachment de Collor, 1992. Mangueira Diniz encena “Dias Felizes” num lago na capital do país, 1993. Chacina da Candelária, 1993. Uma atriz pede um minuto de silêncio pelos meninos da Candelária durante espetáculo numa oficina mecânica, 2006. Lula toma posse do seu segundo mandato, 2007. Uma oficina mecânica que servia de teatro é destruída, 2015. Dilma Rousseff é destituída do cargo de presidenta do Brasil, 2016. Os espaços se lembram de tudo. As atrizes também não se esquecem. A obra parte da montagem de “Dias Felizes” – feita pelo diretor Mangueira Diniz (já falecido), 1993, nas águas do Lago Paranoá – para realizar uma deriva pela cidade, evocando memórias de espetáculos feitos no espaço público da Capital, que nunca é a mesma, costurando-os com os acontecimentos políticos do país.
TEATRO DO CONCRETO – Fundado em 2003, é um grupo de Brasília que reúne artistas interessados em dialogar com a cidade e seus significados simbólico e real por meio da criação cênica. Suas criações se orientam pela perspectiva do processo colaborativo e se caracterizam, principalmente, pela elaboração de uma dramaturgia própria, pela radicalização no uso de depoimentos pessoais, pela investigação da cena no espaço urbano, pela relação com as práticas da performance e pela busca por diferentes modos de engajar o espectador. Ao longo de sua trajetória, o grupo estreou 9 espetáculos e intervenções cênicas, publicou 3 obras de referência para o campo da pesquisa teatral e realizou diversos projetos de interação com a comunidade.
FICHA TÉCNICA
Atrizes: Gleide Firmino e Micheli Santini
Performers convidados: Ana Rozita Pessoa, Dill Diaz, Lucinaide Pinheiro, Jeferson Alves e Raquel Fonseca
Dramaturgia: João Turchi
Direção: Francis Wilker e João Turchi
Iluminação: Higor Filipe
Trilha sonora: Bio Riff
Operação de câmera: Francielli Santini
Técnico de Vídeo: Robson Soares
Criação de vídeos: Thiago Sabino
Colaboração Artística: Glauber Coradesqui
Produção: Júnior Cecon
Realização: Teatro do Concreto
Este espetáculo foi comissionado pela Complexo Sul – Plataforma de intercâmbio internacional e estreou em novembro de 2020, no formato virtual.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
DURAÇÃO: 60 MIN
Adaptação da famosa obra de Eugène Ionesco, leva para a cena uma metáfora do “efeito manada” que indivíduos de uma determinada sociedade vivem, em um contexto de epidemia, que a leva ao colapso. Uma cidade pacata passa a ser perturbada pela estranha aparição de um rinoceronte. Logo, os bichos aparecem aos montes fruto da metamorfose de seus habitantes. Em meio a esse absurdo grotesco, um morador resiste em não se transformar em rinoceronte, no fluxo contrário ao comportamento da sociedade.
A comédia é uma ode à liberdade de pensamento e busca refletir sobre a cultura do ódio. Escrita após a Segunda Guerra Mundial, a peça é uma reflexão sobre como ideais fascistas adoecem um povo, cegando-o.
Esta é a última direção de Hugo Rodas apresentada presencialmente. Durante o período da pandemia o grupo realizou alguns trabalhos on-line.
HUGO RODAS (1939-2022)
Nascido no Uruguai e radicado no Brasil, Hugo Rodas firmou-se como um dos mais talentosos e importantes artistas de teatro de seu tempo, como ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro. Sua trajetória sempre esteve ligada aos coletivos e parcerias com os quais trabalhava, desde o Grupo Pitú, na década de 70; Antônio Abujamra, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e José Celso Martinez Corrêa, no Teatro Oficina, nos anos 1980; Teatro Universitário Candango (TUCAN), na década de 1990; Companhia dos Sonhos, nos anos 2000, e mais recentemente a Agrupação Teatral Amacaca (ATA), sua mais recente trupe, criada em 2011 e com a qual realizou encenações memoráveis como “Ensaio Geral” e “Punaré & Baraúna”.
FICHA TÉCNICA
Direção e Encenação: Hugo Rodas
Elenco: Abaetê Queiroz, André Araújo, Camila Guerra, Dani Neri, Gabriela Correa, Iano Fazio, Juliana Drummond, Luiz Felipe Ferreira, Nobu Kahi, Pedro Tupã e Rosanna Viegas
Produção Executiva: Luciana Lobato
Coordenação Técnica: Rodrigo Lélis
Assistente Técnico: Abaetê Queiroz
Assistente de Figurino: Luiz Felipe Ferreira
Assistente de Cenografia: Juliana Drummond
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 ANOS
DURAÇÃO: 70 MIN
A história de um homem e de uma manada de elefantes. Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa a sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles. “A Caminhada dos Elefantes” é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espetáculo que reflete sobre o fim, que é um mistério para todos nós, crianças ou adultos. A concepção do trabalho foi antecedida por um extenso trabalho de pesquisa junto de cerca de 200 crianças com idades entre os 6 e os 10 anos, através da realização de encontros e oficinas.
FORMIGA ATÓMICA – Companhia de teatro fundada e dirigida por Inês Barahona e Miguel Fragata, trabalha com questões contemporâneas, em espetáculos dirigidos a todos os tipos de público. Dentre alguns destaques estão The Wall (2015), Montanha Russa (2018) e Fake (2020). A companhia faz turnês pela Europa, apresentando também versões francesas de três de seus espetáculos: A Caminhada dos Elefantes, Do Bosque para o Mundo (apresentado na abertura do Festival de Avignon, em 2018) e O Estado do Mundo (Quando Acordas). A Caminhada dos Elefantes circula também, desde 2020, com versões em alemão e espanhol.
FICHA TÉCNICA
Encenação: Miguel Fragata
Texto: Inês Barahona
Interpretação: Miguel Fragata
Cenografia e figurinos: Maria João Castelo
Música: Fernando Mota
Luz: José Álvaro Correia
Direção técnica: Pedro Machado
Produção: Formiga Atómica
Coprodução: Formiga Atómica, Artemrede – Teatros Associados, Centro Cultural Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Viriato
Projeto financiado por: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 6 ANOS
DURAÇÃO: 50 MINUTOS
Espetáculo gratuito. Sem necessidade de retirada antecipada de ingresso. Sugerimos chegar uma hora antes para garantir lugar.
“A gente se acostuma, mas não deveria”. Este trecho do poema “Eu sei, mas não devia”, de Marina Colasanti, inspira o espetáculo SEMUTSOC, que contextualiza os ciclos da vida e como a esperança motiva a busca do prazer de viver ao “desautomatizar” o cotidiano. Em cena, é destacada a vontade de ser e estar verdadeiramente consigo, sem se esquecer do outro e de como essa conexão é necessária para a existência. Como explica o diretor e coreógrafo Dilo Paulo, é “um despertar da potência individual e fortalecimento do coletivo, trazendo vida e ancestralidade à palavra no movimento Ubuntu: eu sou porque nós somos”.
A montagem traz diversas referências a ritmos, danças e elementos culturais afro-diaspóricos, com a pluralidade refletida no próprio elenco.
COMPANHIA DE DANÇA CORPUS ENTRE MUNDOS - Criada em 2013, dentro do circuito acadêmico da Escola e Faculdade Angel Vianna, no Rio de Janeiro (RJ), pelo bailarino e coreógrafo angolano Dilo Paulo e pela bailarina e coreógrafa Lenna Siqueira. Dilo Paulo conquistou o primeiro lugar da terceira edição do prestigiado concurso Bounce, em 2011, de Angola, integrou o elenco da Cia Debora Colker e foi selecionado para compor o balé da abertura do programa Fantástico 2021, no Brasil. Lenna Siqueira é diretora de movimento e coreógrafa da Corpus entre Mundos, leciona como professora da escola Técnica em Dança Angel Vianna e ministra aulas de ballet Clássico, contemporâneo, afro house entre outras na sua plataforma digital – www.dilolenna.com.
FICHA TÉCNICA
Direção e coreografia: Dilo Paulo e Lenna Siqueira
Bailarinos: Dilo Paulo, Bruno Gonçalves, Aime Rivero, Karina Araújo, Luana Vieira, Alef Gabriel, Thais Calmon, Lucas de Andrade, Natalia Lima, Lenna Siqueira, Ana Julia, Luiza Gusmão, Juliana uepa e Henrique Douglas.
Figurinos: Ledilooks e Bruno Pupe
Trilha Sonora: Dilo Paulo
Fotografia: Tatiana Reis
Edição: diloproducoes
Texto: Lenna Siqueira, Dilo Paulo & Joceline Gomes
Produção: Dilo & Lenna, Anna Uchoa
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: Livre
DURAÇÃO: 46 MIN
Espetáculo gratuito. Sem necessidade de retirada antecipada de ingresso. Sugerimos chegar uma hora antes para garantir lugar.
Inspirado na colonização da América e dos territórios do mundo todo, o espetáculo conduz o espectador a viajar por um tempo passado que encontra analogias contínuas com o presente. 2 MUNDOS conta a história do encontro de duas culturas opostas, onde se revelam os sentimentos e motivações mais profundas da humanidade. Quando no embate das diferenças explode a luta pela vida, a morte de um jovem acontece trazendo uma nova esperança. Na montagem, a companhia aprofunda a pesquisa na linguagem do teatro de sombras, utilizando a estética do cubismo para complementar a narrativa das imagens.
CIA LUMIATO – Companhia criada em 2008, em Buenos Aires, Argentina, por Thiago Bresani e Soledad Garcia, durante sua formação como bonequeiros na Universidade de San Martin, onde estudaram várias linguagens do teatro de formas animadas, produzindo espetáculos, oficinas e apresentando-se em festivais da América Latina. É a primeira companhia a pesquisar, produzir e difundir o teatro de sombras na região centro-oeste do Brasil.
FICHA TÉCNICA
Direção e Cenografia: Alexandre Fávero
Assistente de Direção: Fabiana Bigarella
Ideia original e Argumento: Soledad Garcia
Atores/Sombristas: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Trilha Sonora Original: Mateus Ferrari
Designer de som: Marcelo Dal Col
Pesquisa e construção do material cênico: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Iluminação: Alexandre Fávero
Fotografia: Diego Bresani
Produção Geral: Thiago Bresani
Assistente de produção: Soledad Garcia
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
DURAÇÃO: 50 MIN
Um olhar sobre o avanço tecnológico a serviço da ampliação dos processos de exploração do ser humano pelo ser humano, aliado à financeirização da economia global. Übercapitalismo expressa cenicamente um conjunto de ideias e narrativas. Por um lado, busca dar vazão às reflexões teóricas e conceituais desenvolvidas no âmbito da sociologia, para descrever, analisar e criticar as relações de trabalho, exploração e desigualdades do mundo contemporâneo. Por outro, visa colocar em cena a realidade vivida por trabalhadoras e trabalhadores de entrega por aplicativos. As contradições do capitalismo e das ideologias de meritocracia são apresentadas nas vozes dos dois personagens principais: o Entregador e o Coach de finanças. O espetáculo mistura narrativas ficcionais com cenas que replicam materiais reais.
RODOLFO GODOI – Artista de teatro e sociólogo. Professor na Secretaria de Educação do DF e Mestre em Sociologia pela UnB. Fundador e Pesquisador no Instituto Cultura Arte e Memória LGBT+. É diretor e dramaturgo do espetáculo.
05 e 06/07: haverá sessão fechada exclusivamente para estudantes da rede pública, às 17h.
FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Rodolfo Godoi
Assistente de Direção: Kamala Ramers
Atores: Lupe Leal e Abaetê Queiroz
Direção de Arte: Thiago Sabino
Iluminação: Ana Quintas
Sonoplastia: Abaetê Queiroz
Preparador corporal: Marcos Davi
Fotógrafa: Pollyana Sá
Produção: Rodolfo Godoi e Kamala Ramers
Assistente de Produção: Daniel Madeira
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
DURAÇÃO: 60 MIN
Encenação que traz a digital inconfundível do teatro do grande encenador Gabriel Villela e a poesia que caracteriza a escrita da autora Cláudia Barral. Em cena, a história de três irmãs que vivem às margens do Rio São Francisco. A mais nova das moças, às vésperas de seu noivado, apaixona-se por um estrangeiro e se põe a esperar por seu retorno durante tempo indeterminável. A trama se desenrola em função dessa espera e de um acontecimento fantástico, que contagia a todos e os faz viverem na expectativa de que algo mude em suas vidas.
GABRIEL VILLELA – Gabriel Villela já assinou a direção de mais de 50 espetáculos teatrais com os quais conquistou 12 Prêmios Shell, 3 Prêmios Molière, 3 Prêmios Sharp, 10 Troféus Mambembe, 6 Troféus APCA, entre outros. Um dos maiores diretores brasileiros da atualidade, já trabalhou com artistas como Milton Nascimento e Xuxa Lopes, dirigiu os maiores sucessos da trajetória do Grupo Galpão, de Belo Horizonte, e dirige, pela primeira vez, um espetáculo no interior paulista.
OS GERALDOS – O grupo tem 14 anos de atuação, tendo conquistado 44 prêmios em festivais nacionais e internacionais e circulado por três países, nove estados brasileiros e 70 municípios. O coletivo atua em três frentes de trabalho: Criação Artística, Ações Formativas e Territórios Culturais. Também gerencia o Teatro de Arte e Ofício (TAO), um dos mais importantes espaços culturais de Campinas.
FICHA TÉCNICA
Direção, cenário e figurino: Gabriel Villela
Dramaturgia: Cláudia Barral
Iluminação: Richard Zaira
Assistentes de direção: Ivan Andrade e Zé Gui Bueno
Assistentes de figurino: José Rosa e Cristiana Cunha
Elenco: Carolina Delduque, Ciça de Carvalho, Douglas Novais, Everton Gennari, João Fernandes, Julia Cavalcanti, Gabriel Gonçalves, Gileade Batista, Paula Mathenhauer Guerreiro, Patrícia Palaçon, Railan Andrade, Valéria Aguiar e Vinicius Santino
Direção musical: Babaya Morais e Everton Gennari
Dramaturgia da voz: Francesca Della Monica
Preparação vocal e musical: Babaya Morais e Everton Gennari.
Costura: Ateliê de Dona Zilda Peres Villela
Iluminação: Cia Tecno - Richard Zaira
Fotografia: João Caldas
Maquiagem: Helô Cardoso
Design gráfico: Vanessa Cavalcanti
Operação técnica: Maristela Mota
Coordenação geral: Douglas Novais
Produção: Os Geraldos
Produção executiva: Tatiana Alves
Assistente de produção: Roberta Postale
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
DURAÇÃO: 60 MINUTOS
Espetáculo gratuito.
Sem necessidade de retirada antecipada de ingresso. Sugerimos chegar uma hora antes para garantir lugar
Um trabalho que reflete sobre a sociedade e seus gostos, no quanto o afeto é dedicado a poucos. Duas mulheres pretas mergulham em suas histórias e trazem à tona o que foi construído por séculos. Uma dramaturgia viva, que evoca o não esquecimento e o enfrentamento de vários monstros. O espetáculo busca resgatar, através da poesia da cena, a subjetividade e humanidade destas mulheres que são tão violadas cotidianamente, fazendo com que o público tenha empatia com as histórias postas em cena e se debruce neste espaço de reunião, debate e cura que o teatro promove.
GRUPO TEATRAL EMBARAÇA – Criado em 2012, na Universidade de Brasília, quando atrizes negras se uniram para levar aos palcos dramaturgias que atravessam a negritude. As fundadoras, Fernanda Jacob e Tuanny Araujo, atuam, escrevem, dirigem e coordenam todas as fases de criação dos trabalhos. Com processos criativos multifacetados, o grupo mergulha em histórias que por vezes partem de universos pessoais e que constituem memórias coletivas, para propor reflexões e narrativas constantemente silenciadas e apagadas. O trabalho do grupo já foi visto por mais de 10.000 espectadores no DF e em diferentes estados brasileiros.
FICHA TÉCNICA
Direção e Texto: Fernanda Jacob e Tuanny Araujo
Dramaturgia: Fernanda Jacob e Tuanny Araujo
Provocador Cênico: Jonathan Andrade
Elenco: Fernanda Jacob e Tuanny Araujo
Direção Musical: Fernanda Jacob
Cenário: Marley Oliveira
Figurino: Tatiana Carvalhedo e Grupo Embaraça
Projeto de luz e operação: Manu Maia
Trilha musical gravada: Ramiro Galas
Operação de som: Léo Ribeiro
Produção: Carvalhedo Produções
Direção de Produção: Tatiana Carvalhedo
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
DURAÇÃO: 50 MIN
Novo espetáculo da companhia brasileira de teatro propõe uma reinvenção da linguagem cênica para contar histórias de diversos corpos. A peça tem uma estrutura de crônicas individuais, uma colagem de diferentes personagens, vivendo situações cotidianas e que, pela palavra, ganham outros significados e tons por meio da dramaturgia. O trabalho flagra os deslocamentos e travessias que ocorrem durante um dia ao redor de um apartamento. Oito pessoas de diferentes corpos, imagens sociais, referências, histórias de vida e mundos imaginados passam por ali e são a base para reflexões sobre a palavra e sua ausência, já que o espetáculo aposta em visualidades que comunicam ao público sem uso da linguagem textual e com música executada ao vivo. São múltiplas personalidades que podem (ou não) habitar um mesmo espaço, um mesmo corpo. Uma reinvenção da linguagem - misturando teatro, dança, música e performance - para dar conta dos velozes acontecimentos contemporâneos, com histórias de amor, de violência, de consumo, de corpos em transição, entre outros.
companhia brasileira de teatro - Fundado pelo diretor e dramaturgo Marcio Abreu em 2000, o coletivo pesquisa novas formas de escrita e linguagem. A atual montagem, junto com PROJETO bRASIL e PRETO, compõem uma espécie de trilogia feita pela cia. para refletir territórios em que palavra e corpo são elementos indissociáveis, que usam da dinâmica da interação entre linguagens diversas e abordam temas ligados aos pensamentos decoloniais e às urgentes e vertiginosas transformações das sociedades contemporâneas.
FICHA TÉCNICA
Direção e Texto: Marcio Abreu
Dramaturgia: Marcio Abreu e Nadja Naira
Elenco: Fábio Osório Monteiro, Giovana Soar, Kauê Persona, Kenia Dias, Key Sawao, Rafael Bacelar, Viní Ventania Xtravaganza e Vitória Jovem Xtravaganza
Direção de produção e administração: José Maria e Cássia Damasceno
Iluminação e assistência de direção: Nadja Naira
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Felipe Storino
Direção de Movimento: Kenia Dias
Cenografia: Marcelo Alvarenga | Play Arquitetura
Figurinos: Luiz Cláudio Silva| Apartamento 03
Vídeos | instalação "Antes de tudo": Batman Zavareze
Captação e edição dos vídeos | instalação "Antes de tudo": João Oliveira
Fotos: Nana Moraes
Programação visual: Pablito Kucarz
Captação de imagens do espetáculo: Clara Cavour
Colaboração artística: Cássia Damasceno, Grace Passô, José Maria e Rodrigo Bolzan
Distribuição Internacional: PLAN B – Creative Agency for Performing Arts
Uma produção da companhia brasileira de teatro
Em coprodução com Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main/GE, Théâtre Dijon Bourgogne – Centre Dramatique National/FR, A Gente Se Fala Produções Artísticas – Rio de Janeiro/BR, Passages Transfestival Metz/FR.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS
DURAÇÃO: 110 MINUTOS
Espetáculo gratuito.
Sem necessidade de retirada antecipada de ingresso. Sugerimos chegar uma hora antes para garantir lugar.
Nos noticiários da cidade, o principal comentário é a presença de um super-herói indesejado. As informações circulam e chegam até uma quadra comercial de Brasília e suas quitinetes. Até então protegidos em suas “caixas de morar”, os habitantes e trabalhadores da região têm suas vidas cruzadas e alteradas por novos acontecimentos. Solidão, medo, angústias, sonhos, desejos são alguns dos aspectos humanos vivenciados nesse condomínio com a chegada do Super Só.
MIRIAM VIRNA – Artista multidisciplinar cujo trabalho abrange direção, atuação, composição, dramaturgia e educação. Foi vencedora do prêmio de melhor atriz pelo Zilka Salaberry (2010) por sua atuação em “Fragmentos de Sonhos do Menino da Lua”, bem como indicada pela sua dramaturgia. Como diretora, recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango com “As Ridículas de Molière” (2008) e “Contos de Alcova” (2006) que conquistaram Melhor Espetáculo, Trilha Sonora e Figurino.
WILLIAM FERREIRA – Bacharel em artes cênicas pela UnB, diretor, ator, performer, bailarino profissional além de atuar como cenógrafo e figurinista. Atuou com renomados mestres de dança e teatro no Brasil e no exterior. Como ator, trabalhou sob direção de Mathew Lenton (Escócia), Hugo Rodas, Marcelo José (Portugal), Paul Heritage, Adriano e Fernando Guimarães, Guilherme Reis, Miriam Virna e muitos outros em 32 anos de carreira. Dirigiu espetáculos premiados como “Cartas de um Sedutor”, “Cabaré das Donzelas Inocentes” e “A Obscena Senhora D”.
FICHA TÉCNICA
Textos e Canções: Miriam Virna
Direção: Miriam Virna e William Ferreira
Elenco: Elisa Carneiro, Lupe Leal e Miriam Virna
Direção Musical, arranjos e sonoplastia: Samuel Mota
Arranjos das faixas ResgateTurco e Super Só: Sascha Kratzer
Vídeos e projeções: João Angelini
Cenário: Maíra Carvalho e William Ferreira
Figurino: Maíra Carvalho e Marcus Barozzi
Visagismo: Marcus Barozzi
Iluminação: Dalton Camargos
Preparação corporal: Eloisa Rosa
Coreografias: Eloisa Rosa (Lavanderia Bailarina ) e Gustavo Letruta (Quem tem medo de Virginia Wolf e Lavanderia Bailarina)
Dramaturgista: Daniela Diniz
Fotografia: Diego Bresani
Direção de produção: Aline Cardoso
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
DURAÇÃO: 95 MIN
Adaptação de Daniel Veronese que parte de dois textos narrativos de David Foster Wallace e de uma dramaturgia biodramática escrita por Marcus Lindeen. Nesse encontro estão dois personagens, A e B. Dois atores que interagem e que durante oito breves encontros irão alternando papeis. Os temas são vários, mas todos apontam para a condição masculina contemporânea, que aparece num encontro com uma mulher. Um olhar desprovido de testemunhas, um ringue sem público, um confronto com armas perigosas e indevidas, que em algum lugar e em algum momento começaram a ser permitidas. Uma lupa sobre a falta de comunicação entre os gêneros, sobre a enorme distância que falta percorrer. Sobreposição, intimidação, degradação. Neste terreno se desenvolve a obra. Com diferentes mecanismos, a encenação tem a particularidade de tratar temas socialmente ásperos do cotidiano. São temas incômodos, íntimos e familiares. Lugares onde nem sempre é fácil submergir. São um chamado angustiante e amoroso à aberrante hipocrisia que governa os seres humanos.
DANIEL VERONESE – Nascido em Buenos Aires, é ator, dramaturgo e encenador. Em 1989, criou o grupo Objectos Periféricos, teatro de objetos, com o qual apresentou, no ano seguinte, uma versão para Ubu Rei, totalmente apresentada com fantoches. Curador dos I, II e III Festival Internacional de Buenos Aires, tem participado de numerosos festivais internacionais. Em 2013, foi premiado com o Max Ibero, por desenvolver uma ponte entre Espanha e a América Latina. As suas peças encontram-se traduzidas em italiano, alemão e francês.
FICHA TÉCNICA
Autor: David Foster Wallace
Versão teatral: Daniel Veronese
Diretor: Daniel Veronese
Elenco: Marcelo Subiotto, Luis Ziembrowski
Assistente de Direção: Adriana Roffi
Desenho de Imagen: Papier Studio
Desenho de luz: Ricardo Sica
Desenho especial: Daniel Veronese
Fotos: Romani alemán
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
DURAÇÃO: 60 MIN
Arnaldo Antunes e o pianista pernambucano Vitor Araújo levam para o palco as canções que fazem parte do recém-lançado álbum “Lágrimas no Mar”, um disco que, como define o cantor e compositor paulista, “tem uma vontade engasgada de chorar".
Em formato voz e piano, Arnaldo e Vitor executam um setlist que parte da introspecção, mas que, em contato com o público, ganha dimensões de sentimento compartilhado. "Fim de Festa", "Como 2 e 2" e "Lágrimas no Mar" estão no repertório, que terá também composições de outras fases da carreira de Arnaldo Antunes e poemas entoados ao longo da apresentação, além de músicas do disco “O Real Resiste”, lançado pelo cantor e compositor paulistano em 2020. Este, inclusive, foi o ponto de partida para definir os contornos de Lágrimas no Mar. "Estávamos ensaiando para o show de O Real Resiste quando fomos surpreendidos pela pandemia", comenta Arnaldo Antunes. "A troca com o Vitor foi um acerto e partimos daqueles ensaios para criar as novas narrativas e extensões sonoras do Lágrimas no Mar", ele comenta.
O show - que marca o reencontro do ex-Titã com o público - apresentará músicas como “Nenhum motivo explica a guerra”, “Manhãs de Love”, “Enquanto passa outro verão” e “Alta Noite”.
FICHA TÉCNICA
Arnaldo Antunes: Voz
Vitor Araújo: Piano
Márcia Xavier: Participação Especial
Direção Musical: Arnaldo Antunes e Vitor Araújo
Arranjos para Piano: Vitor Araújo
Criação de Projeções e Direção de Arte: Márcia Xavier
Criação de Iluminação: Anna Turra
Técnico de Monitor e Produção Técnica: Gabriel Spazziani
Técnico de P.A: Gabriel Leite
Produção de Executiva: Luisa Conti
Coordenação de Produção e Management: Caru Zilber / Libertà Arte
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 6 ANOS
DURAÇÃO: 80 MINUTOS
Espetáculo gratuito.
Sem necessidade de retirada antecipada de ingresso. Sugerimos chegar uma hora antes para garantir lugar.
Solo de dança-teatro que trata sobre as opressões, desafios, a ancestralidade, sonhos e lutas que envolvem o feminino em vários contextos, um recorte poético e reflexivo sobre a violência de gênero seja no ocidente ou no oriente. O trabalho é inspirado no livro “Syngué Sabour: pedra de paciência”, do escritor franco-afegão Atiq Rahimi, e no filme A Pedra da Paciência, também dirigido pelo autor, para refletir sobre a tirania e a objetificação sofridas pelas mulheres no mundo.
CAMILA GUERRA – Atriz, bacharel em interpretação teatral pelo Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília (UnB). Dedica-se ao teatro desde 1995 e é uma das fundadoras da ATA – Agrupação Teatral Amacaca, companhia dirigida por Hugo Rodas (recentemente falecido), com a qual vem desenvolvendo espetáculos desde 2011.
ÉDI OLIVEIRA – Graduado e Mestre em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília, ator, bailarino, coreógrafo, professor de dança e fundador e diretor artístico do Dançapequena – Grupo de Dança Contemporânea desde 2000. Em seu trajeto profissional, atuou nas companhias, Anti Satus Quo Cia. De Dança e o BasiraH.
FICHA TÉCNICA
Idealização e Coordenação Geral: Camila Guerra
Concepção e Direção: Édi Oliveira
Intérprete-Criadora: Camila Guerra
Coreografias: Édi Oliveira e Camila Guerra
Colab Dramatúrgica: Ana Flávia Garcia, Camila Guerra, Édi Oliveira
Textos: Ana Flávia Garcia e Camila Guerra
Assistência de Direção: Juliana Drummond
Figurinos e Cenografia: Roustang Carrilho
Iluminação: Dalton Camargos
Pesquisa e Seleção Musical: Édi Oliveira
Montagem de Trilha: Quizzik
Produção Executiva: Kaká Carvalho
Foto: Diego Bresani
Artista Visual: Isabella Galvão
Design Gráfico: Cristhian Soroh
Direção Audiovisual e Câmera: Claudio Braga
Edição e Finalização: Cláudio Braga
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS
DURAÇÃO: 90 MIN
Nós somos caçadores de beleza. Quando nós pintamos o nosso corpo, estamos trazendo para esse suporte os espectros da criação. Nós queremos ser reconhecidos por eles, por isso imitamos a beleza da natureza. Nós somos espelhos da criação.
AILTON KRENAK
Criação coletiva de artistas indígenas e não indígenas, o espetáculo que nasceu do encontro e trocas artísticas entre a atriz e pesquisadora Andreia Duarte e líderes, pensadores e artistas indígenas, como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Denilson Baniwa, Jaider Esbell, Naine Terena, Zahy Guajaraja e tantos outros.
O trabalho é um desdobramento dos conceitos apresentados na palestra-performance de Ailton Krenak “O Silêncio do Mundo”, que evidencia não o tempo cronológico e a lógica de produtividade ocidental e sim um tempo dilatado, que expande as possibilidades de comunicação entre os seres humanos e os outros seres do planeta. “Antes do Tempo Existir” desmistifica o papel tradicional do texto no teatro, entendendo a dramaturgia como um conjunto de sentidos propostos por todos elementos cênicos – projeção sonora visual, música, artes plásticas, performance, oralidade, canto e dança. A ideia é adentrar na percepção da memória indígena a partir da qual é possível conectar-se com tudo o que é vivo: animais, plantas, montanhas, floresta, o céu. Os povos indígenas sabem que sendo a Terra um ambiente vivo é preciso manter uma dinâmica de negociação com os perigos que existem – o terremoto, o trovão, a torrente da chuva, o sol excessivo, as doenças etc.
ANDREIA DUARTE - Artista, curadora, produtora e pesquisadora em teatro. Morou cinco anos no Parque Indígena do Xingu com os Kamayura e desde então trabalha como apoiadora à causa indígena completando 20 anos de realizações. É doutoranda pela USP/ECA onde estuda Teatro e os Povos Indígenas. Trabalha há 5 anos como Coordenadora dos Eixos Reflexivo e Pedagógico da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. É diretora e co-curadora ao lado de Ailton Krenak da Mostra artística TePI – Teatro e os povos indígenas. Está realizando com Krenak o livro “Longa história de negação” pela Cia das Letras, uma biografia coletiva e conceitual do líder indígena.
FICHA TÉCNICA
Direção Geral e Concepção: Andreia Duarte
Direção Cênica: Kenia Dias e Ricardo Alves Jr
Dramaturgia: Andreia Duarte, Kenia Dias e Ricardo Alves Jr
Textos: Artistas em cena
Criação Coletiva: Todos artistas envolvidos
Destaque para Jaider Esbell (in memorian) e Zahy Guajajara que estiveram presentes na primeira imersão
Artistas Em Cena: Andreia Duarte, Lilly Baniwa, Rosa Peixoto
Assistente de direção e iluminação: Lucas Pradino
Trilha sonora: Barulhista
Espaço cênico e figurino: Renato Bolelli
Cosmos e performance Pajé Onça: Denilson Baniwa
Oficina de voz: Silvana Stein
Produção: Juliana Pautilla
Criação de vídeo e coordenação técnica: Rodrigo Gava
Cenotécnica e costura: Enrique Casas
Operação de luz e vídeo: Lucas Pradino, Ricardo Barbosa
Fotografia: Amanda Dafoe, Francio De Holanda, Guto Muniz, Paulo Salles, Ricardo Alves Jr, Silvia Machado
Comunicação visual + desenvolvimento do site: Casaplanta | Amanda Dafoe
Parceria: Casaplanta, Móbili, Sp Escola de Teatro, Translapas
Apoio Cultural: Goethe-Institut e Biblioteca Mário De Andrade
Correalização: Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo através da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc e Mitsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Realização: Outra Margem
OUTRA MARGEM
Direção: Andreia Duarte
Colaboração Curatorial e Produção: Luna Rosa Recaldes
Administração e Produção: Arami Argüello
Mídias: Olívia Maia
Comunicação visual e design: Casaplanta - Amanda Dafoe
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
DURAÇÃO: 80 MINUTOS
Esta obra foi coproduzida pelo FIBA - Festival Internacional de Buenos Aires, estreando no último mês de março. Sobre ela diz Tiziano Cruz: "Um artista chega do campo dançando pelas ruas nos teatros aos quais não poderá ter acesso por sua condição de negritude. Como ser migrante num mesmo território? Esta biografia indaga, na memória coletiva de um povo do norte da Argentina, uma sociedade que enaltece uma política de branqueamento. Reflete e questiona o papel do artista contemporâneo, sobre os espaços de reconhecimento, sobre as concessões diante das instituições de poder, para chegar, se é que há um lugar para chegar: Minha casa da infância está queimando. E é o fogo que faz arder o espanto de uma vida que não é vida. O fogo permite suportar o frito da solidão e da indiferença.
A primeira parte do espetáculo é realizada na rua e conta com a participação especial do Bumba Meu Boi do Seu Teodoro.
TIZIANO CRUZ – Artista interdisciplinar, sua obra transita entre a linguagem visual e teatral, a performance, a intervenção em espaços públicos, a gestão e mediação cultural em instituições públicas e privadas na Argentina, México, Brasil, Uruguai e Chile.
BUMBA MEU BOI DO SEU TEODORO – Movimento cultural brasileiro, sediado em Sobradinho, no Distrito Federal, e tombado como patrimônio imaterial.
FICHA TÉCNICA
Direção geral, dramaturgia e interpretação: Tiziano Cruz
Revisão de texto: Hugo Miranda Campos
Composição, desenho, programação e realização sonora: Luciano Giambastiani
Desenho de vídeo: Matías Gutiérrez
Desenho de iluminação: Matías Ramos.
Fotografia: Mariano Barrientos
Participação especial: Bumba Meu Boi do Seu Teodoro
Direção de arte: Uriel Cistaro
Colaboração artística: Rodrigo Herrera
Produção artística: Luciana Iovane
Produção executiva: Ulmus
Gestão Cultural, Direção de Arte e Desenho de Figurino: Uriel Cistaro
Realização de figurino: Vega Cardozo Luisa Fernanda e Luciana Iovane
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 ANOS
DURAÇÃO: 90 MINUTOS
Uma investigação sobre as relações humanas e amorosas das novas gerações. Analisando o estilo de vida dos jovens dos dias de hoje, o grupo explora a relação entre três pessoas que decidiram sair de casa e morar juntas. Ao longo do tempo, a convivência entre elas é abalada por conflitos do dia a dia, trazendo questionamentos sobre amor, monogamia, sexualidade, gênero. O trabalho leva para a cena livres adaptações de textos de Beatriz Roedel e Juliana Motter, Caio Fernando Abreu, Tchekov, Moliére e Fabrício Carpinejar, além de textos e uma trilha sonora original.
GRUPO TRIPÉ – Com 10 anos de trabalho continuado, o Grupo Tripé iniciou sua trajetória misturando experiências das escolas de teatro da capital com referências acadêmicas da Universidade de Brasília. Os processos, a criação e a administração do grupo são influenciados pelos conceitos de teatro de grupo e teatro em estado de encontro, marcados também pela construção de dramaturgias autorais, uso da iluminação como ferramenta de criação e a discussão de questões ligadas à juventude.
FICHA TÉCNICA
Direção: Grupo Tripé
Texto: Grupo Tripé, Beatriz Roedel, Juliana Motter e livres adaptações de Caio Fernando Abreu, Tchekov, Moliére e Carpinejar
Dramaturgia: Grupo Tripé e Nine
Elenco: Ana Quintas, Gustavo Haeser, João Pedreira e Nine
Iluminação: Ana Quintas e Grupo Tripé
Trilha Sonora Original: João Pedreira
Figurinos: Fernanda Alpino e Grupo Tripé
Cenografia: Grupo Tripé
Design Gráfico: Gabriel Guirá
Fotos: Nina Quintana
Equipe De Criação: Ana Quintas, Davi Maia, Gustavo Haeser e João Pedreira
Direção De Produção: Gustavo Haeser
Produção Associada: Elisa Mattos | Desvio Produções Culturais
Agradecimentos: Casa Dos Quatro, Ultra Martini e Zé Reis
Realização: Grupo Tripé
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 ANOS
DURAÇÃO: 60 MIN
29 e 30/06, das 10h às 13h
Uma breve análise do que é o poster de teatro/festival, conceitos de composição gráfica (elementos, efeitos, hierarquia, tipográfica), a definição do tema pessoal de cada participante e início de esboços. O mentor vai apoiar os participantes no desenvolvimento prático do desenho gráfico.
JJBZ é artista gráfico desde 2005 e tem trabalhos publicados no mundo todo (poster de espetáculos, shows e festivais, capas de discos, livros etc.). Premiado com a melhor capa de disco pelo voto popular no VMB pela capa do disco Música Crocante do Autoramas, em 2011, e melhor videoclipe no Conexão Vivo 2012, com o vídeo de “Packing to Leave” de Nina Becker. Entre seus projetos destaca-se para o livro "Dust and Grooves", do fotógrafo novaiorquino Eilon Paz, premiado na AIGA; o disco Um Dia Eu Chego Lá, do Chama O Síndico, premiado na categoria ilustração do prêmio Brazil Design Awards 2020; Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília de 2019, finalista do prêmio Latin Design awards 2020; e Bienal da Une 2021, premiado na categoria ilustração do prêmio Brazil Design Awards 2021.
Vagas: 10
Pré-requisitos: noção de design gráfico e/ou composição gráfica
Palestra da atriz Denise Fraga, que apresenta a obra Eu de Você, um dos espetáculos que abrem o Cena Contemporânea. Na conversa, a atriz propõe algumas reflexões importantes e atuais, a partir de temas como o reforço dos vínculos da arte e da educação na formação de um povo e as recentes tentativas de apagamento histórico. E ela se interroga sobre a quem interessa que a arte desapareça e a educação volte a ser privilégio de poucos e como reforçar vínculos entre artistas e educadores. Engajada com o tema do acesso à arte e à educação, sua empresa, NIA TEATRO, há mais de dez anos apresenta espetáculos em periferias de grandes centros urbanos. Neste período, foram mais de 700 mil espectadores, o que revela a força do teatro no país.
Apresentação e participação de Carmem Moretzsohn e Mariana Soares
Atividade com tradução na linguagem de Libras
Desde 2008, com o espetáculo “Festa de separação” - criado sobre um vídeo com registro da celebração do fim de uma relação por um casal -, a atriz, diretora e dramaturga Janaina Leite trabalha sobre o diálogo e as fronteiras entre a linguagem cênica e a investigação de si.
No encontro “Compartilhamento de trajetória de pesquisa e criação”, Janaina vai aprofundar a reflexão sobre documentários cênicos com foco no teatro autobiográfico e discorrer sobre suas experiências de aproximação do teatro com o real, resultando numa cena performativa radical.
Atriz, diretora e dramaturga, Janaina Leite é uma das fundadoras do premiado Grupo XIX de Teatro de São Paulo e paralelamente desenvolve uma trajetória pessoal, em espetáculos como “Conversas com meu pai” e “Stabat Mater”. Também lançou o livro “Autoescritura performativa: del diario a la escena”, da Editora Perspectiva, consolidando sua investigação sobre autobiografia documental no teatro. Janaina Leite tem ministrado oficinas, laboratórios e conferências em diversos países. Entre estas últimas, destacam-se suas palestras no Conservatório Nacional Superior de Arte Dramática de Paris, na Sorbonne Nouvelle - Paris 3, na Escola Superior de Música e Artes Cênicas, na cidade do Porto e na Escola de Teatro e Cinema de Lisboa.
Participação: Mariana Soares
Atividade com tradução na linguagem de Libras
01/07, das 10h às 14h
A oficina visa fomentar a construção, junto aos artistas-criadores, de metodologias de trabalho baseadas no mais recente processo criativo desenvolvido pelo Grupo Magiluth. Durante a criação de “Estudo Nº 1: Morte e Vida”, o olhar híbrido e inquieto do coletivo pernambucano se voltou para os movimentos migratórios gerados por adversidades climáticas, políticas e sociais, buscando observá-los tanto em suas em suas analogias quanto na heterogeneidade de seu conjunto. O workshop propõe, por meio de diálogos entre a obra de João Cabral de Melo Neto e debates contemporâneos sobre as migrações forçadas, uma investigação sobre as potencialidades de impulsos que deslocam posicionamentos, tanto no plano espacial e geográfico quanto nos aspectos simbólico e humano.
Fundado em 2004 na UFPE, o Grupo Magiluth desenvolve um trabalho continuado de pesquisa e experimentação, tendo sido apontado pela crítica e pela imprensa como um dos mais relevantes grupos teatrais do país. Realiza colaborativamente diversas ações nos eixos de pesquisa, criação e formação artística, em constante diálogo com o território em que está inserido. Possui em seu histórico dez espetáculos, fundamentados em princípios da criação teatral independente, de realização contínua e com intenso aprofundamento na busca pela qualidade estética.
Vagas: 06 a 20 participantes
Pré-requisitos: atrizes, atores, dramaturgas, dramaturgos, diretoras, diretores e estudantes de teatro
01/07, das 14h às 18h
Um panorama da luta homossexual durante a ditadura militar brasileira, abordando as artes cênicas, o teatro de rua, os grupos de luta homossexual e o jornal Lampião, publicação homossexual que circulou no Brasil durante os anos de 1978 e 1981 Na segunda parte, Ribondi conduz à criação de textos dramatúrgicos curtos com foco nesse tema.
Alexandre Ribondi é artista, dramaturgo, diretor, ator e sócio-fundador do Espaço Multicultural Casa dos Quatro, voltado à militância LGBTQIA+. Tem cerca de 30 peças escritas, muitas delas apresentadas no Brasil, em Portugal e na Suécia. Ribondi também é escritor e tem vários livros publicados. Em seus escritos, com frequência, casos de amor e sexo migram da realidade para a ficção, com muita naturalidade.
Vagas: 15
Pré-requisitos: N.A
Neste encontro, realizado após a apresentação da peça “Antes do Tempo Existir”, o público poderá tomar contato com as principais ideias propulsoras da obra e seu diálogo com o tempo, o teatro indígena e a terra. O espetáculo é feito com artistas que trazem a criação na vida e estão menos implicados com a ideia de determinar linguagens. A composição flui em distintas maneiras como na projeção sonora visual, na música, nas artes plásticas, performance, oralidade, canto e dança.
... ANTES, O COMEÇO, SE FAZ AGORA ...
Antes do Tempo Existir amplia o papel tradicional do texto no teatro, entendendo a dramaturgia como o conjunto de sentidos propostos por todos os elementos cênicos. Propõe questões, pautas e visualidades indígenas, mas em diálogo com artistas não indígenas. Busca a teatralidade na história dos sujeitos e no jogo da cena que aponta questões cosmopolíticas e coletivas. Mais que uma peça de teatro, é um ritual do encontro, uma celebração à vida.
A idealização do Antes do Tempo Existir acontece a partir de uma constelação de encontros e trocas artísticas entre a artista Andreia Duarte e líderes, pensadores e artistas indígenas, como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Denilson Baniwa, Jaider Esbell, Naine Terena, Zahy Guajaraja e tantos outros.
Mediação: Iara Pietricovsky
Atividade com tradução na linguagem de Libras
Ateliê de criação a partir do estudo do movimento e seus desdobramentos poéticos. Que outras maneiras de estar no espaço são possíveis, de forma a ampliar as perspectivas do corpo? Como uma mesma sequência de movimento pode ser dançada com diferentes versões e qualidades de presença?
A investigação, individual e coletiva, de situações cênicas a partir do movimento, das imagens criadas e das articulações transitórias de sentidos, de forma a expandir as possibilidades de montar, demolir e reinventar dramaturgias.
Kenia Dias é diretora, performer e professora de artes cênicas. Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e mestre em Arte pela UnB.
O foco de sua pesquisa está em investigar dramaturgias corporais para a cena e analisar registros de processos de criação. Trabalha com diversos artistas e companhias de teatro e de dança, como Grace Passô, Georgette Fadel, Dudude Herrmann, Márcio Abreu, Janaina Leite, Ricardo Garcia, Giselle Rodrigues, Grupo Galpão/MG, Companhia Brasileira de Teatro, Companhia de Dança do Palácio das Artes.
Vagas: 20
Pré-requisitos: diretoras(es) de teatro e cinema, artistas visuais, coreógrafas(os) e criadores de qualquer disciplina, sempre que haja interesse na criação de projetos ou obras artísticas.
O ano de 2022 marca o retorno do CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA ao contato com o público, depois de duas edições virtuais – mesmo durante a pandemia, o evento foi realizado, oferecendo programação diária, inédita e gratuita. Neste reencontro, os espectadores verão trabalhos de artistas do Brasil, de Portugal e da Argentina, num total de 21 espetáculos de teatro e dança e um show, além de atividades formativas e educativas, como oficinas, encontros, lançamento de filme e exposição virtual. A 23ª edição deste que é um dos maiores festivais internacionais de artes cênicas do Brasil acontece de 28 de junho a 10 de julho, ocupando diversos espaços do Distrito Federal.