20ª Edição
Passado, presente e futuro em reflexões sobre arte, identidade e tudo aquilo que nos singulariza e distingue. Dramaturgias originais se somam a releituras de clássicos num grande e diverso panorama das artes cênicas contemporâneas.
Releituras de mitos gregos se juntam a criações coletivas e narrativas contemporâneas na programação do 20º CENA CONTEMPORÂNEA. São encenações que propõem reflexões sobre amor, morte, identidade, raízes, como “O Desmanche das Musas”, espetáculo que reflete sobre a passagem do tempo, trazendo o trabalho do consagrado grupo La Zaranda, um dos mais estáveis da Espanha. Ou “Antígona”, o monólogo que rendeu a Andréa Beltrão, sob a direção do grande Amir Haddad, o prêmio de melhor atriz pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Também “A Ira de Narciso”, espetáculo com atuação sublime do premiado ator Gilberto Gawronsky, com direção de Yara de Novaes e texto do uruguaio Sergio Blanco; e “A Invenção do Nordeste”, com toda a criatividade do Grupo Carmim, do Rio Grande do Norte, refletindo sobre a identidade do nordestino. Além do belo “Sonhos na Areia”, da francesa Lorène Bihorel, escolhido como a melhor encenação pelo público do Festival de Avignon Off e “Para não Morrer”, com a atriz Nena Inoue, premiada com o Shell de melhor atriz de 2019, tratando sobre o resgate da memória.
A programação também reserva várias estreias. É o caso de “Furacão Carmen”, com texto do dramaturgo argentino Santiago Serrano especialmente escrito para os atores Murilo Grossi, de Brasília, e António Revez, de Portugal. Também “Prometea – Abutres, Carcaças e Carniças”, a mais nova direção do prestigiado encenador Hugo Rodas, com atualização do mito grego Prometeu como motor de uma reflexão sobre a importância da imaginação para a construção de novos paradigmas. “Festa de Inauguração” é o novo trabalho do celebrado Teatro do Concreto, com direção de Francis Wilker, e parte de um fato real: o achado de frases escritas no passado, pelos construtores do prédio do Congresso Nacional, dentro das paredes, com votos de tempos melhores para o Brasil. E “Sonhares” é título da nova encenação do Teatro do Instante, um dos grupos mais estáveis do Distrito Federal, com direção de Rita Castro.
Na grade de programação estão ainda espetáculos como “Os Saltimbancos”, remontagem do clássico musicado por Chico Buarque, com direção de Hugo Rodas – o texto encenado na década de 1970 por Hugo tornou-se o primeiro grande sucesso de público do teatro de Brasília. Em 2019, o diretor brasileiro-uruguaio volta à história inspirada em conto dos Irmãos Grimm, dirigindo o ATA – Agrupação Teatral Amacaca. E ainda “Mosh”, espetáculo que alia dança, teatro, poesia e música para tratar temas como a violência urbana, sob a direção do coreógrafo, bailarino, professor praticante de parkour e acrobata paulistano Diogo Granato.