Banco do Brasil apresenta e patrocina

A 21ª edição

A arte sempre reagiu aos movimentos da história, adaptando-se, reinventando-se. Em 2020, o mundo viu-se assolado pela pandemia da Covid-19, que levou ao fechamento de espaços teatrais, bibliotecas, cinemas, salas de exposição. Teve início um tempo de resistência e as artes cênicas, mais uma vez, buscaram caminhos alternativos de expressão. Foi assim que dispositivos usados muitas vezes apenas como ferramentas de trabalho pelos artistas transformaram-se, de um dia para outro, em sala de ensaio e palco.

É neste contexto que o Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília chega aos 25 anos: resistindo e provando que o teatro, seja ele no palco, nas ruas ou nas telas, segue iluminando o pensamento e a reflexão sobre a experiência humana na Terra.

Selecionamos diferentes propostas produzidas na Espanha, França, Estados Unidos, Inglaterra, México, Moçambique, Cabo Verde e, naturalmente, no Brasil. São trabalhos que dão respostas inventivas à exigência de confinamento e que falam de um mundo em transformação, veiculando inquietudes e relatos, e reafirmando a relevância do teatro para o nosso sentido de humanidade.

O 21º Cena Contemporânea será dividido em dois momentos. O primeiro acontece agora, de 1 a 11 de dezembro de 2020, inteiramente online e gratuito. Poderemos conhecer trabalhos que foram especialmente criados para o ambiente virtual, explorando formatos e abordagens diversas, e outros que trazem para as telas obras originalmente apresentadas no palco.

São propostas originais, muitas delas concebidas especialmente para o festival. Cada trabalho poderá ser visto na data de sua estreia e por mais três dias, quando seguirá disponível para visualização, em qualquer horário – com raras exceções que estão indicadas na programação. Basta clicar no link e assistir.

Também estão na programação oficinas profissionais de aprofundamento e reflexão e uma série de conversas e debates que fazem parte dos Encontros do Cena, atividade regular do festival, agora em sua 10ª edição, que estimulam o diálogo entre criadores, redes, festivais e instituições. É uma boa forma de estarmos juntos, compartilhando ideias e pensamentos, em tempos de incertezas e insegurança para todo o setor das artes cênicas.

Sem falar no Criolina Tela Plana – Festa 2D, em noite especial para comemorar o Cena Contemporânea, com discotecagem de alguns artistas que integram a programação, além de Ellen Oléria, que também apresenta o festival junto com a atriz Ada Luana.

Estamos preparando um segundo módulo dessa edição comemorativa para acontecer entre 25 de maio e 06 de junho de 2021, com uma programação que irá mesclar propostas de artistas do DF possíveis de serem realizadas ao vivo e espalhadas pela cidade, como quem ama o teatro merece e aguarda, e outras criadas para o ambiente virtual.

A 21ª edição também quer relembrar um pouco da história do festival nestes 25 anos de vida. Por isso, além da exibição da programação, vamos apresentar pequenos vídeos com registros e depoimentos de artistas que passaram pelo festival.

O Cena Contemporânea 2020 conta com patrocínio do Banco do Brasil, do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e copatrocínio da Funarte e Iberescena, com apoio da Embaixada da França e Embaixada da Espanha e a colaboração da Embaixada da Argentina, Goethe-Institut, Instituto Camões e de entidades da sociedade civil.

Esta programação foi alinhada a partir de um íntimo diálogo com artistas e coletivos de teatro e dança do Brasil e do exterior. Nosso objetivo é voltar a estamos juntos, mesmo que seja através das muitas telas, e dar suporte a um dos setores mais atingidos e prejudicados pela pandemia.

Temos a certeza de que essa edição online mantém a identidade do Cena Contemporânea e seu compromisso com a inventividade das artes cênicas, com o fortalecimento do pensamento crítico, com os espaços para a reflexão e com o sentimento de coletividade. Seguimos.

 

* Dedicamos essa edição a todos aqueles perderam seus entes queridos para a Covid-19. Como relembra o ator e diretor Lázaro Gabino em “Cada vez que alguém diz isso não é teatro se apaga uma estrela”, trabalho que abre o festival, no teatro assim como na vida real, cada morte recebe a dimensão que merece. Toda vida importa.