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Cena 2017 promove duas semanas de shows gratuitos

Tulipa Ruiz & Marcelo Jeneci_Clemente Gauer
Tulipa Ruiz & Marcelo Jeneci_Clemente Gauer

Nos palcos de teatros e em grandes palcos ao ar livre na Praça do Museu Nacional da República, a música vai estar em alta durante o 18º CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA, que acontece de 22 de agosto a 03 de setembro de 2017. A começar pelo espetáculo de abertura, Black Off, da África do Sul, que prova todo o talento da intérprete Ntando Cele como cantora de rock, e terminando com um super show do mineiro Lô Borges, no dia de encerramento do festival, recuperando o repertório do mítico Disco do Tênis, de 1972. Um passeio pela arte, conduzido por jovens e por consagrados talentos.

A programação de shows musicais será realizada em palco especialmente montado no Complexo Cultural da República. A abertura será com um show esperadíssimo que junta o som de dois ícones da nova geração pop melódica da MPB, os paulistas Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci. E pelo palco vão passar ainda artistas do talento do pernambucano Otto, que traz o repertório de seu novo disco – Ottomatopeia –, o brasiliense Alberto Salgado (recentemente premiado no Prêmio da Música Brasileira), os paulistas do espetáculo cênico-musical Cabeça (que faz homenagem aos 30 anos do lendário álbum Cabeça Dinossauro, dos Titãs) e muito mais. Entrada franca e acesso exclusivo para preferenciais!

O CENA CONTEMPORÂNEA tem coordenação geral de Michele Milani e direção de produção e curadoria de Alaôr Rosa. O festival é realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura do DF e FAC – Fundo de Apoio à Cultura; com patrocínio NET, Claro, Petrobras e Caixa; apoio SESC; Incentivo e Fomento da Secretaria de Cultura e Governo de Brasília; e o Governo Federal

PROGRAMAÇÃO

23 DE AGOSTO,  QUARTA, às 21h 
BURACO DO JAZZ – Banda 300 & Jazz

24 DE AGOSTO , QUINTA, às 21h
BURACO DO JAZZ – Moisés e Trio de Jazz e Quarteto 505

25 DE AGOSTO, SEXTA, às 21h
BURACO DO JAZZ – Ricardo Bap Trio e Sapiens Trio

26 DE AGOSTO, SÁBADO, às 21h
BURACO DO JAZZ – Clara Telles e Lene Mattos

27 DE AGOSTO, DOMINGO, às 21h
BURACO DO JAZZ – André Martins Trio Jazz e Sapiens Trio

31 DE AGOSTO, QUINTA

21h30 – Brazilian Blues Band toca Belchior (DF)

22h20 – DJ Pequi (DF)

22h40 – Alberto Salgado (DF)

23h50 – Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci (SP)

1º DE SETEMBRO, SEXTA

21h – Judas (DF)

21h50 – DJ Gérson Deveras (DF)

22h10 – Cabeça (um documentário cênico) (RJ)

00h10 – DJ Gérson Deveras (DF)

01h00 – DJ Ops (DF)

2 DE SETEMBRO, SÁBADO

21h – Nuggetz (DF)

21h50 – DJ Donna (DF)

22h10 – Não Recomendados (RJ)

23h40: Plano Contra Plano: Visión Curva – Óscar Testón (Espanha)

0h00 – Otto (PE)

01h30 – DJ Donna (DF)

3 DE SETEMBRO, DOMINGO

17h – Junior Ferreira e Victor Angeleas (DF)

17h50 – DJ Wash (DF)

18h10 – Saci Weré (DF)

19h – DJ Wash (DF)

19h20 – CCOMA (RS)

20h50 – DJ Nagô (DF)

21h10 – Lô Borges (MG)

22h40 – DJ Nagô (DF)

OS ARTISTAS

TULIPA RUIZ E MARCELO JENECI (SP)

Dois dos maiores expoentes da MPB atual, Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci vêm a Brasília trazendo a turnê com a qual estão circulando o Brasil desde finais de 2016. A parceria dos cantores e compositores paulistas começou há alguns anos, quando a carreira de ambos ainda engatinhava. Em 2009, um ano antes de os dois lançarem seu primeiro disco solo, eles lançaram juntos a canção Dia a Dia, Lado a Lado, composta em parceria com Gustavo Ruiz, irmão de Tulipa. Em 2015, a mesma música promoveu uma reaproximação dos artistas, que decidiram gravá-la em estúdio. Daí para partir para uma turnê foi só uma questão de tempo. A nova parceria chega num momento em que Marcelo Jeneci coleciona hits, é aclamado por onde passa e tem dois discos gravados (Feito para Acabar e De Graça). Já Tulipa Ruiz está no terceiro álbum e o que ela batizou de pop florestal (“metade São Paulo, metade Minas Gerais”) foi consagrado pelo Grammy Latino, que lhe deu o prêmio de Melhor Álbum Pop Brasileiro por Dancê. No show, eles interpretam também canções do repertório solo de cada um.

BRAZILIAN BLUES BAND (DF)

A participação da banda acontecerá por meio do Projeto “Bebendo Blues, Comendo Jazz, Entre Alucinações e Memórias – Tributo a Belchior”. O cantor e compositor cearense, falecido em abril último, sempre teve o Blues nas entrelinhas de suas canções. Fortemente influenciada pela obra de Belchior, a Brazilian Blues Band, já preparava o projeto antes mesmo da fatalidade acontecer ao cantor/poeta. A primeira edição do “Bebendo Blues, Comendo Jazz, Entre Alucinações e Memórias – Tributo a Belchior” levou um público de cerca de 2.000 pessoas a cantarem em coro, junto com a Brazilian Blues Band, os maiores sucessos do grande Belchior.

ALBERTO SALGADO (DF)

Recentemente premiado no Prêmio da Música Brasileira, pelo melhor álbum de Música Regional (por Cabaça d’Água, segundo álbum de sua carreira), o brasiliense Alberto Salgado é multi-instumentista, autor de mais de 300 composições e com uma trajetória que acumula 17 prêmios na bagagem. O repertório deste segundo disco, que traz 10 composições de sua autoria ou em parceira com amigos, vai guiar a apresentação durante o CENA CONTEMPORÂNEA. Aposta da MPB, Alberto Salgado já recebeu, de Chico César, pedido de melodia e prontamente enviou resposta com letra cantada. Mas foi Chico Buarque, de quem Salgado é fã confesso, que deu a cartada final ao publicar no Instagram, foto segurando o CD de Alberto Salgado com a legenda: “Cabaça d’Água, de Alberto Salgado. Está esperando o que para adquirir o teu?”.

JUDAS (DF)

Formada em Brasília em 2009, no encontro entre o vocalista e compositor Adalberto Rabelo e o violeiro Fábio Miranda, Judas é uma conjunção de músicos experientes e de donos de trajetórias sonoramente diversas. A banda está em sua quarta formação, após o falecimento do baixista Pedro Souto, e é essa nova formação que se apresenta pela primeira vez no CENA CONTEMPORÂNEA. A banda promete apresentar as canções que fazem parte do EP “Casa de Tolerância nº 1” e aprofundam a aposta entre a viola caipira e o pop-rock urbano. Fazem parte da banda Adalberto Rabelo Filho (vocal), Carlos Beleza (guitarra), Bruno Prieto (baixo) Hélio Miranda (bateria) e Pedro Vaz (viola caipira e percussão). O caldeirão resulta numa música pop eletrificada envenenada pelo tom agreste da viola.

CABEÇA (um documentário cênico) (RJ)

Peça que celebra os 30 anos do álbum Cabeça Dinossauro, da banda paulista Titãs, realizada por Felipe Vidal e pelo coletivo teatral Complexo Duplo, do Rio de Janeiro. Vencedor do Prêmio Shell RJ (na categoria melhor música) e do 6º Prêmio Questão de Crítica, indicado a várias categorias dos prêmios APTR RJ e Cesgranrio, o espetáculo cria uma ponte entre o ano de 1986 e os dias atuais. Cabeça foi concebido a partir das canções do álbum e de seu forte posicionamento político frente a questões como o Estado (Polícia, Estado Violência), a religião (Igreja), o capital (Dívidas e Homem Primata) ou a suposta família tradicional (Família). A dramaturgia e a direção são de Felipe Vidal, e no elenco – formado somente por homens, oito, como na formação original dos Titãs – estão Felipe Antello, Felipe Vidal, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sergio Medeiros.

NUGGETZ (DF)

Trio brasiliense de Dub Core liderado pelo experiente Frango Kaos (baixo, synths e efeitos) juntamente com Caio Bahia (guitarra) e Thaise Mandalla (bateria), formado no início de 2016. Nesse projeto, Frango alia seus conhecimentos de músico e técnico de som, produzindo em tempo real os clássicos efeitos de Dub porém sobre uma base orgânica, abusando das frequências sonoras e do que elas podem promover no campo das sensações.

NÃO RECOMENDADOS (RJ)

Espetáculo protagonizado por três autores intérpretes – Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes – com a proposta de transformar, questionar e provocar os padrões comportamentais da sociedade. A música Não Recomendado, composta por Caio Prado, é a raiz do grupo, música que é um grito de liberdade e um discurso contra o preconceito. O espetáculo provoca não só através do grito cantado, mas na cenografia, nas projeções, no figurino, na luz e nos textos recitados. Os intérpretes assumem as personagens Carlota: a despejada da capital (uma versão da melancolia), Morenita: a revoltada de Piracicaba (carrega em si o escândalo) e Janina: a mimada de Realengo (o feminino que melinda, comove e seduz).

OTTO (PE)

Um dos destaques musicais de sua geração, o cantor, compositor e percussionista pernambucano Otto apresentará, no palco do CENA CONTEMPORÂNEA, o repertório de seu mais recente álbum, Ottomatopeia, apontado como o mais maduro de sua carreira. No disco, Otto apresenta composições autorais e aponta sua verve ácida e lúcida para temas como a tortura política, a África ancestral, o cenário social brasileiro, a contemporaneidade e, sobretudo, o amor. “Por meio do amor vou abrangendo tudo e falando sobre a vida”, costuma dizer. O material inclui uma versão única da música Meu Dengo, de Roberta Miranda, e Carinhosa, resultado da primeira parceria entre Otto e Zé Renato.

JUNIOR FERREIRA E VICTOR ANGELEAS (DF)

Duo instrumental formado pelo acordeonista e compositor Junior Ferreira e pelo bandolinista de dez cordas e compositor Victor Angeleas desenvolve um trabalho que mescla tradição e modernidade, sob a influência do som de mestres como Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali, Pixinguinha e Astor Piazzolla, dentre outros. Com a proposta que unir erudito e popular, local, regional e nacional, os músicos apresentam composições consagradas com arranjos inéditos e composições próprias. Junior Ferreira e Victor Angeleas já se apresentaram em várias partes do Brasil e também em turnês pela Europa e África.

SACI WERÉ (DF)

Criada em 2014, a banda passou por diversas formações e nomes até virar a SACI WERÉ, em 2017. Em seus primeiros anos, tocou em diversos palcos do movimento mais underground do DF. Em 2017, resolveu ganhar palcos maiores e participar de festivais. Começou a chamar a atenção na cena brasiliense com seus arranjos que misturam de Afrobeat e Salsa até o brega, e com a poesia em suas letras que também remete a esta antropofagia desvairada, reverenciada na figura mitológica do Saci.

CCOMA (RS)

Duo eletrônico formado pelo trompetista e produtor Roberto Scopel e pelo percussionista e também produtor Luciano Balen, tem como matéria-prima a música produzida eletronicamente, utilizando-se de elementos orgânicos como percussão, trompete, flugel horn e acordeom. Nos três álbuns lançados foi finalista do Prêmio da Música Brasileira, vencendo em 2013 com o álbum Peregrino, na categoria Álbum Eletrônico. Para Brasília devem trazer como destaque o repertório do mais recente disco, Subtropical Temperado (2016), no qual incorporam músicas de raiz de diferentes regiões da América do Sul ao som de sintetizadores e timbres que moldaram o final dos anos 1970 e o começo dos anos 1980, tendo como referências nomes como Kraftwerk, Jean Michel Jarre, Bjork, Marcos Valle, Azymuth e Donna Summer.

LÔ BORGES (MG)

Em 1972, Lô Borges lançou dois LPs emblemáticos da história da discografia brasileira: ao lado de Milton Nascimento, o Clube da Esquina, célebre testemunho musical de uma geração; e o que ficou conhecido como o Disco do Tênis, por conter na capa o nome do artista e um par de tênis surrados. Lô Borges tinha só 20 anos de idade e teria, só naquele ano, 23 canções registradas em estúdio. Se em Clube da Esquina, Lô se consagrava com canções como Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, O Trem Azul e Paisagem da Janela, seu enigmático Disco do Tênis vinha com haicais, pensamentos, devaneios e uma atmosfera sonora muito peculiar. O Disco do Tênis foi sendo redescoberto nos últimos anos e recentemente foi incluído no livro “1.000 Recordings To Hear Before You Die”, do norte-americano Tom Moon. No ano passado, Lô Borges decidiu revisitar o singular território do Tênis e convidou o cantor e compositor Pablo Castro para reconstituir a teia sonora do disco em um show ao vivo, que será apresentado no palco do CENA CONTEMPORÂNEA. Junto com Lô Borges estarão os jovens músicos Guilherme De Marco (violão, guitarra e vocal), Marcos Danilo (violão, guitarra, percussão e vocal), Alê Fonseca (teclados), Paulim Sartori (baixo, bandolim, percussão e vocal) e D´Artganan Oliveira (bateria, percussão e vocal). Um reencontro de Lô com um recorte especial de sua própria obra e um encontro de gerações.

BURACO DO JAZZ

Ocupação musical gratuita, realizada semanalmente no gramado do Complexo Cultural da Funarte (Eixo Monumental em Brasília), o projeto foi integrado ao Ponto de Encontro do CENA CONTEMPORÂNEA e, durante a primeira semana do festival, ocorrerá de 23 a 27 de agosto, na praça do Museu Nacional da República.

O projeto surgiu a partir da busca por espaços físicos culturais no DF, na possibilidade de reunir apresentações de jazz compostas, tocadas, cantadas e produzidas por moradores do DF e na aproximação do público com a cena instrumental da cidade. Criado em junho de 2016, na 214 Sul, o evento ganhou grandes dimensões e se mudou para o gramado da Funarte, onde reúne centenas de brasilienses semanalmente para uma socialização em torno da música instrumental.

 

Publicado em 17 de agosto de 2017